A má visibilidade pode ser a causa do acidente aéreo que vitimou seis pessoas na cadeia de montanhas de Machipanda, entre Moçambique e Zimbabué, disse esta terça-feira à Lusa o presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).

“As indicações preliminares que nos chegam indicam que devido a má visibilidade que se fazia sentir naquela hora, a aeronave terá colidido com o monte Vumba, criando uma condição classificada como CFIT [Controlled flight into terrain]”, disse João Abreu, explicando que nesta condição o piloto perde o controlo do aparelho e só se apercebe ao colidir.

A aeronave, operada pela ETA AIR Charter e baseada na cidade da Beira, foi fretada à empresa Cornelder Moçambique para ligar as cidades da Beira (Moçambique) e Mutare (Zimbabué), tendo despenhado-se na aproximação a Mutare, após colidir com a cordilheira montanhosa de Machipanda, matando as seis pessoas a bordo, segundo um comunicado da Cornelder Moçambique enviado à Lusa.

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João Abreu disse que a comissão de inquérito indicada por Moçambique já está a trabalhar em coordenação com as autoridades zimbabueanas no terreno e, oportunamente, as informações serão atualizadas. “Hoje fez-se os procedimentos legais, estou a falar inclusive da medicina legal, para libertação dos corpos e a comissão está no terreno a recolher os dados e documentações”, afirmou o presidente do IACM.

O aparelho, com autonomia para três horas de voo, descolou da Beira às 7h15, com previsão de chegada a Mutare às 8h25, segundo a fonte da Cornelder Moçambique. Os corpos das seis vítimas foram já transladados para Mutare.

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