Podes correr, mas não te podes esconder. Para Masaaki Osaka foi este o caso. O militante de extrema-esquerda foi detido o mês passado depois de passar 45 anos a fugir à polícia. O japonês é acusado de ter assassinado um polícia durante protestos em Tóquio em 1971. Osaka terá agredido o agente com um cano de ferro e depois lançado um cocktail molotov que o ateou em chamas. Estava escondido desde então.

Nenhum outro criminoso conseguiu passar mais tempo em fuga às autoridades, garantem os órgãos de comunicação social japoneses. A ser condenado pelo crime, Osaka pode passar o resto da vida na cadeia.

Liga Comunista Revolucionária Japonesa

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A Liga Comunista Revolucionária Japonesa é um grupo de influências trotskistas e formou-se em 1957 depois de vários grupos se terem separado do Partido Comunista Japonês. Apesar do Japão não ter nenhum histórico de grupos trotskistas, a LCRJ afiliou-se à Quarta Internacional e ao Partido Trabalhista norte-americano.

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Masaaki Osaka foi encontrado em Hiroshima, num apartamento pertencente ao Chukaku-ha, também conhecida como a Liga Comunista Revolucionária Japonesa (LCRJ). Desde que foi detido que se mantém em silêncio, confirmam as autoridades.

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Esta é a imagem utilizada desde 1971 para identificar Osaka nos anúncios que o procuravam

O fugitivo foi inicialmente acusado de obstrução à justiça, até que os agentes da autoridade se aperceberam de quem era. Osaka foi esta quarta-feira transportado de Hiroshima para Tóquio para ser interrogado. A sua identidade foi confirmada através de testes de ADN porque, à data do alegado crime, não existia forma de confirmar impressões digitais.

As autoridades explicam que Osaka conseguiu manter-se em fuga todo este tempo por ser um membro de elite do grupo da extrema-esquerda. Terá sido assistido todos os estes anos por membros simpatizantes do grupo.

A LCRJ protestava em 1971 contra a presença militar norte-americana no país.