29 palestinianos foram detidos em incursões do exercito israelita na Cisjordânia, durante a noite de sábado e madrugada de domingo.

Segundo o Washington Post, nove dos detidos pertencem ao movimento radical palestiniano Hamas. O Times of Israel, por sua vez, refere que foram detidas várias figuras seniores do Hamas.

Estas detenções ocorreram depois de três israelitas terem sido assassinados à facada, num colonato israelita na Cisjordânia, na noite de sexta-feira.

Este sábado, contavam-se já sete mortos na sequência dos confrontos entre palestinianos e israelitas. Além das vítimas israelitas, um palestiniano morreu ontem e outros três na sexta-feira em protestos.

Os confrontos surgiram depois de vários dias de tensão por causa das novas medidas de segurança junto à entrada da Esplanada das Mesquitas, um local sagrado para os muçulmanos em Jerusalém, e onde se encontra a Cúpula da Rocha, no topo da Mesquita de Omar e de onde Maomé terá subido aos céus, e a Mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar sagrado do Islão, a seguir a Meca e Medina.

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Israel colocou detetores de metais para proibir a entrada de armas no local sagrado depois de dois polícias israelitas terem sido assassinados por três israelo-árabes perto da Esplanada das Mesquitas, no passado dia 14 de julho.

De acordo com o jornal inglês The Guardian, membros das autoridades de Israel referem que não serão retirados os detetores de metais. Aliás, até estão a ser instaladas câmaras de vídeovigilância numa das entradas para a Esplanada das Mesquitas.

“Os detetores de metal vão continuar. Se os palestinianos não querem entrar na mesquita, então que não entrem”, afirmou o ministro do desenvolvimento regional israelita, Tzachi Hanegbi, a uma rádio local.

Ontem, o jornal israelita Haaretz dava conta que Israel tencionava tirar os detetores de metais tendo em conta a escalada de violência que se tem vivido nos últimos dias. O próprio Guardian também fala em relatos contraditórios, uma vez que outros membros das autoridades israelitas adiantaram que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, estava a ponderar medidas de segurança alternativas.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, já tinha anunciado que iria cortar relações com Israel e, na manhã de domingo, cancelou uma reunião de segurança que tinha agendada com Israel.

Recorde-se que Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se amanhã, segunda-feira, para debater os mais recentes confrontos entre israelitas e palestinianos.

Confrontos entre israelitas e palestinianos já fizeram sete mortos