O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) assumiu, este sábado, a confiança na organização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul, admitindo uma trégua olímpica, tendo em conta os testes militares da Coreia do Norte.

“Nada mudou e a nossa confiança mantém-se”, frisou o alemão Thomas Bach, corroborando a posição transmitida na véspera por um porta-voz do COI de que “não existe um plano B”.

Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 estão marcados para Pyeongchang, entre 9 e 25 de fevereiro.

“Nós apelamos a uma solução diplomática e à paz”, sublinhou Bach, admitindo uma trégua olímpica negociada sob a égide da ONU, cujo Conselho de Segurança condenou, na sexta-feira, os testes realizados pela Coreia do Norte.

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Bach vai estar na ONU na próxima semana, mas reiterou que o COI não tem planos para se envolver diplomaticamente na crise das Coreias.

O membro norte-coreano do COI, Ung Chang, disse esperar que os Jogos de Inverno se realizem como planeado, mas que ninguém sabe se a Coreia do Sul estará segura para as competições.

Na sexta-feira, após uma reunião de emergência, o Conselho de Segurança da ONU “condenou firmemente” o lançamento do míssil balístico da Coreia do Norte que sobrevoou o Japão, considerando que se tratou de um ato “altamente provocatório”,

Esta condenação ocorreu após um novo disparo de míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão, menos de uma semana após a adoção pelo Conselho de Segurança da ONU de uma oitava série de sanções para tentar convencer o país a renunciar aos seus programas balístico e nuclear.

Pyongyang lançou na sexta-feira um novo míssil balístico, o 10.º desde maio, que sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do Japão, antes de cair a aproximadamente 2.000 quilómetros do cabo de Erimo, no oceano Pacífico.