Out of Line dos Duckling Studios foi o grande vencedor dos Prémios PlayStation, ao receber das mãos de Liliana Laporte, diretora geral da Sony Computer Entertainment Iberia e de Jorge Huguet, diretor de marketing da PlayStation Iberia o prémio de “Melhor Jogo de 2017”. Antes, já tinham recebido o “Prémio Imprensa”.

A cerimónia de segunda-feira à noite dos Prémios PlayStation em Portugal teve um duplo sabor especial. Por um lado, porque se comemorou a iniciativa da Sony PlayStation na Península Ibérica, que procura talentos no nosso território e jogos potencialmente interessantes para ficarem “sob a asa” da gigante nipónica. Por outro lado, porque demarcou o lançamento mundial do vencedor português da primeira edição dos Prémios, o Strikers Edge, que chega esta terça-feira ao mercado.

Num mercado nacional que em muitos aspetos ainda está em maturação, os Prémios PlayStation são indubitavelmente um dos apoios mais importantes que os estúdios indie portugueses têm para conseguirem produzir os seus jogos. E não se deve apenas ao prémio pecuniário de 10.000 euros, à oferta de um espaço físico para trabalharem no jogo durante 12 meses e à publicação e marketing que têm nas plataformas PlayStation. Também se deve ao impulso que uma empresa como a PlayStation pode dar e que pode ser o elemento de distinção num mercado tão saturado e competitivo como o dos videojogos.

De ano para ano percebe-se o aumento de qualidade dos candidatos, que demonstra que a produção nacional não fica em nada atrás dos bons jogos feitos no mundo misterioso do “lá fora”. Sentimos isso no Lisboa Games Week, na área do Indie Dome que reúne os melhores jogos indie em parceria com os finalistas dos Prémios PlayStation. Ao vê-los a dividir espaço com jogos conhecidos internacionalmente percebemos que a diferença é praticamente inexistente.

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Esse aumento de qualidade é também sinónimo de dificuldade acrescida para escolher os vencedores. Em apenas três edições passámos de um momento em que o abismo de potencialidade e qualidade de Strikers Edge era demasiado extenso em comparação com os concorrentes, para o momento em que praticamente qualquer um dos 10 finalistas mereceria o prémio.

A qualidade transversal percebeu-se na atribuição mais ou menos equitativa dos 7 prémios, que contemplaram a maioria dos finalistas. Hover Shock, do estúdio Can Play venceu na categoria de “Melhor Jogo de Competição Online”, Apex Arena criado pelo estúdio Cake Collective recebeu o prémio de “Melhor Jogo Infantil”, e Obscuria, do estúdio Insiduous Games foi aclamado como o candidato com “Melhor Arte”. O prémio de “Jogo mais Inovador” foi arrecadado por Iteration, do estúdio Those Kids e o reconhecimento de “Melhor Utilização das Plataformas PlayStation” coube a Rise of Denial do estúdio Noble Quad.

Os membros dos Duckling Studios, autores de Out of Line e vencedores do desejado prémio.

Num ano que colocou à prova os jogos de mais de 50 candidatos, os 10 finalistas da terceira edição dos Prémios PlayStation são uma das provas do muito e bom que se faz por Portugal a fora. E colocam bem alta a fasquia e a responsabilidade para a próxima edição.

Ricardo Correia, Rubber Chicken