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A internet "magoou" a música. Faz-se dinheiro nesta revolução?

Miguel, David e João lançaram negócios tecnológicos na área da música. Isaura tornou-se uma das promessas da pop eletrónica portuguesa, online. Na era do 'streaming', com que armas combate o digital?

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Isaura, 26 anos, 10.342 fãs no Facebook, 2.734 seguidores no YouTube e cerca de 500.000 plays no Spotify. Intérprete, compositora e autora, é um dos nomes já confirmados para festivais como o NOS Alive ou o Bons Sons (depois de no ano passado ter pisado um dos palcos do Super Bock Super Rock). Isaura é música, concertos e números. Mas é tudo isto nas horas vagas. A tempo inteiro, comunica ciência, fruto da licenciatura em Biologia Celular e Molecular que terminou depois de ter participado no programa de televisão “Operação Triunfo”. Da música, conta, só ganha o suficiente para saldar as dívidas. E isso “não é suficiente”.

O vídeo que dá imagem à “Change it”, segundo single do EP que lançou pela NOS Discos em maio de 2015, é o mais visualizado do canal que Isaura tem no YouTube: 143.282 visualizações. Para lançá-lo, investiu cerca de 1.200 euros. “Eu escrevi e compus, mas depois o custo da masterização, produção, videoclipe e promoção andou perto dos 1200 euros. Se calhar recupero este dinheiro num concerto que dê no verão, mas não é imediato”, conta ao Observador. Já o investimento total que fez no EP “Serendipity” demorou um ano a recuperar. “Há uma massa de pessoas que se agrega à nossa volta, mas se elas não forem aos concertos, não se gera muito dinheiro nisso”, explica.

Isaura foi uma das oito finalistas da edição de 2010 do programa "Operação Triunfo"

Isaura

Isaura é um dos 40 artistas internacionais que está a testar os Círculos, a ferramenta que o Tradiio – plataforma de streaming de música que permite aos fãs descobrirem e apoiarem novos artistas – lançou em versão beta no início de abril. Objetivo: “dar dinheiro aos artistas”, explicou o cofundador Miguel Leite ao Observador. Como? Através de uma subscrição paga: o fã faz um donativo para ajudar os projetos a atingirem um objetivo predefinido e, em troca, tem acesso a conteúdo exclusivo. No caso de Isaura, a intérprete natural de Gouveia precisa de 400 euros para alugar uma sala de ensaios e preparar a próxima digressão.

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Uma coisa é certa: “a internet revolucionou a forma como os artistas criam e partilham música”, diz Miguel Leite. David Molina concorda. O fundador do Satta – plataforma de streaming de artistas de música eletrónica com recomendação de sets personalizada – acrescenta que o “iTunes veio revolucionar as regras do mercado”. E João Afonso, fundador do Musikki – plataforma que agrega informação sobre artistas e projetos musicais, como o IMDB faz para o cinema – não tem dúvidas de que o mercado de streaming se vai consolidar nos próximos anos”. Tradiio, Satta e Musikki aliam tecnologia à música para fazer negócio. São três startups. São as três portuguesas.

"Estamos a assistir a uma mudança fundamental na forma como se consome, distribui e paga música. Passámos de um mundo onde se pagava por uma faixa de música para um mundo onde se paga para ter toda a música do mundo"
Charles Caldas, presidente da Merlin - agência global de direitos digitais para editoras independentes

Em 2015, as receitas de vendas de música online conseguiram superar as do suporte físico pela primeira vez na história, segundo o relatório anual da Federação Internacional de Indústria Discográfica. O digital tornou-se a principal fonte de receita, com 45% do mercado, mas a federação alerta: “a música está a ser consumida em níveis recordes, mas este aumento não significa uma remuneração justa e equivalente para os artistas e as editoras discográficas.” Andam todos à procura do mesmo: os artistas emergentes querem saber como podem ganhar dinheiro. O negócios também. Para Charles Caldas, presidente da Merlin – agência global de direitos digitais para editoras independentes -, este ainda é, apenas, o segundo ou terceiro dia de uma viagem de mil dias. “É preciso criar uma indústria nova”, disse.

Tradiio quer criar uma classe média de artistas

“A internet magoou muito a indústria da música”, diz Miguel Leite, 29 anos, ao Observador. Cofundador do Tradiio, explica que a missão que o levou a unir-se a André Moniz e a Alvaro Gomez foi a de dar oportunidades aos artistas. Agora, querem ajudá-los a viver da música que fazem. Lançada internacionalmente em março de 2015, os fundadores têm testado várias formas de monetizar a plataforma – que permite descobrir artistas emergentes e apoiá-los como se de um jogo se tratasse -, através de publicidade ou do trabalho de gestão dos artistas. Mas não foi suficiente e era os conteúdos digitais que que queriam monetizar. “A internet revolucionou a forma como os artistas criam e partilham música. Falta revolucionar a forma como fazem dinheiro”, diz.

Antes de fundar a Tradiio, Miguel Leite lançou uma revista online de música, a Punch

E quando fazem dinheiro, o Tradiio também faz. Com o modelo de negócio que a plataforma está a testar, a startup fica com uma comissão de 10% sobre o dinheiro que cada artista angaria no seu círculo. “A Isaura é um dos artistas com melhor performance no Tradiio. Tem mais de 10 mil fãs no Facebook, mais de 2 mil no YouTube, no Spotify, e não faz praticamente dinheiro nenhum nestas plataformas. São muito boas para se ficar conhecido, mas só se ganha dinheiro nos concertos. E isso não faz sentido numa época em que o digital é tão forte. É preciso monetizar o digital”, afirmou. A testar os Círculos da plataforma estão 40 artistas: 10 portugueses, 10 norte-americanos, 10 britânicos e 10 brasileiros.

Tradiio em números

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N.º de artistas registados: 22.000
N.º de utilizadores: 250.000
N.º de países: mais de 100
Países com mais utilizadores: Brasil, Portugal, EUA e Reino Unido
Países com mais artistas: EUA, Reino Unido, Portugal, Brasil
Investimento atual: 1,75 milhões de euros

 

O objetivo é fazer com que os fãs sintam que fazem parte das equipas dos artistas. Isaura conta que quando aceitou o desafio do Tradiio, olhou para ele com “responsabilidade”. “Comecei a pensar no que poderia dar em troca, para que as pessoas que estão a investir em mim sentissem que valia a pena”, contou ao Observador. Consoante o que estão dispostos a pagar, os fãs do círculo podem ser os primeiros a receber os singles novos, a saber datas de concertos, a receber fotografias e vídeos que mais ninguém vê ou a ter uma conversa por Skype com a Isaura.

“O objetivo é conseguir que os artistas façam cerca de 1.000 euros mensais. Queremos criar uma classe média de artistas, para que possam viver da sua arte”, explica Miguel Leite. Consciente de que em Portugal, as pessoas não estão tão habituadas a pagar por música como estão, por exemplo, nos Estados Unidos ou no Reino Unido, o fundador do Tradiio adianta que é preciso desmistificar o tema e criar casos de sucesso. “Acho que é apenas uma questão de tempo. As pessoas adoram apoiar artistas em Portugal e só com o apoio destes fãs já é possível fazer coisas diferentes”, afirma.

"O streaming não é o futuro, é o presente da indústria da música. Mas para se poder aumentar o valor [que é gerado no digital] é preciso criar novos modelos de negócio"
Miguel Leite, cofundador do Tradiio

Para Miguel Leite, as plataforma de streaming são “torneiras abertas de conteúdo”, que revolucionaram a forma como os artistas são descobertos, mas que os portugueses ainda estão “muito presos” a modelos tradicionais. No entanto, não duvida. “O streaming não é o futuro, é o presente da indústria da música. Mas para se poder aumentar o valor [que é gerado no digital] é preciso criar novos modelos de negócio. E o direct-to-fan é o modelo que vai definir os próximos anos”, diz.

Satta promove online para rentabilizar offline

David Molina, 30 anos, lançou o Satta no Chile, mas em agosto de 2015, trouxe-o para Portugal. O que começou por ser uma plataforma online, de utilização gratuita, que pretendia explicar “géneros de música modernos”, tornou-se, sobretudo, num algoritmo de recomendação personalizada de sets de DJs. A música que o Satta recomenda depende do estado de espírito do utilizador. A base de dados que a plataforma reunia com esta informação deu origem a outra área de negócio: os eventos, “com a música certa, no espaço certo e pessoas certas”. Seguiu-se o Satta TV, onde há streaming de vídeo de sets produzidos por artistas, em sítios improváveis, com patrocínio de marcas. também são as marcas que patrocinam as faixas dos DJs.

David Molina lançou o Satta no Chile, depois de ter conhecido um clube na Lituânia com o mesmo nome

HUGO AMARAL/OBSERVADOR

“No Satta, os produtos musicais são produtos emocionais e, normalmente, agrupam-se por nichos. A música ainda é uma coisa que segmenta bastante bem as pessoas que têm determinado estilo de vida (que está associado a um estilo de música em específico). E há marcas que se interessam muito por nichos”, explicou David Molina. Com 420 artistas registados na plataforma, o Satta apostou no posicionamento das marcas para tornar o negócio rentável e no final de 2015, atingiram 67% do break-even, ou seja, do momento em que as receitas igualavam o investimento feito: de 135.000 euros. A ideia é que o online sirva como um canal de promoção dos artistas e o offline de rentabilização.

No Satta, os utilizadores não têm custos e David Molina conta que, se tivesse pensado a plataforma dessa forma, o produto não teria sobrevivido seis meses. “A porta do consumidor final é difícil, porque ele não está habituado a pagar por música. E por isso, deixámos de nos preocupar com isso. Optámos por manter tudo gratuito e por apostar naquilo que achávamos que podia mesmo dar dinheiro: as marcas”, diz. Para David Molina, os canais digitais devem servir como uma plataforma de comunicação dos artistas, mesmo os serviços de streaming.

"Ainda não há um equilíbrio entre o que a plataforma de streaming ganha, o artista ganha e aquilo que o utilizador paga. E isto ainda não aconteceu porque habituámos o utilizador a não ter de pagar por música"
David Molina, fundador do Satta

“Ainda se está a atentar perceber qual é o modelo de negócio certo e como é possível encontrar o equilíbrio, onde todas as partes ganham. Ainda não há um equilíbrio entre o que a plataforma de streaming ganha, o artista ganha e aquilo que o utilizador paga. E isto ainda não aconteceu porque habituámos o utilizador a não ter de pagar por música”, explicou David Molina, que anda à procura de investimento: 400 a 500 mil euros para desenvolver a aplicação móvel para Android (a iOS já está desenvolvida), melhorar o algoritmo de recomendação e aumentar a tração de utilizadores.

Satta em números

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N.º de artistas registados: 420
N.º de utilizadores: 6.800
N.º de países: 71
Países com mais utilizadores: Chile, Portugal, EUA e Argentina
Países com mais artistas: Chile, Portugal, EUA e Argentina
Investimento atual: 135.000 euros

 

O Satta foi uma das Startup Spotlight do festival South by Southwest (SXSW), nos EUA, a única portuguesa. E foi convidado para os festivais Sónar, em Barcelona, Santiago do Chile e Buenos Aire, e para o FOM (Festival of Media Latam), em Miami. Nasceu com 12 artistas, que criaram 12 géneros musicais master. Estes géneros criaram 140 subgéneros de música eletrónica. Para David Molina, o que vai distinguir as plataformas de streaming do futuro são os conteúdos exclusivos. “Todas vão ter algoritmos de recomendação extraordinários e o que vai distingui-las é o material exclusivo que cada uma tem”, afirmou.

Musikki entrega tudo. Exceto a música

João Afonso, 39 anos, lançou a Musikki em 2014. Queria que fosse uma espécie de IMDB para a música – uma plataforma online onde fosse possível encontrar toda a informação sobre determinado artista, projeto ou banda, de notícias a discografias – e em tempo real. O que começou por ser um motor de pesquisa da indústria da música, direcionado para o consumidor final, acabou por dar origem a uma outra área de negócio, virada para as empresas. E da qual advém o único dinheiro que entra para as contas da startup.

Pedro Almeida, João Afonso e Juliana Teixeira fundaram a Musikki em 2014

Musikki

Com o material que iam aglomerando na plataforma, construíram uma base de dados apetecível para outros intervenientes da indústria. “A informação que era gerada com a procura dos nossos consumidores começou a cativar o interesse de outros players. Queriam utilizar esta informação dentro da sua plataforma e melhorar a experiência dos utilizadores, retê-los mais”, conta. Agora, a Musikki tem 150 clientes que paga uma subscrição para poder aceder aos dados. Cada subscrição ronda, em média, 3.000 euros por mês, mas a Musikki não vai ficar por aqui. Para breve, está o lançamento de um novo modelo de negócio que João perspetiva tornar-se na principal fonte de rendimento da plataforma.

“Toda a gente tem medo de entrar na indústria musical por causa do aparecimento de novas categorias, como o streaming, que demoram a provar que são rentáveis. E há mais desconfiança quando temos um produto que é virado para o consumidor”, diz João. Por isso, afirma que é importante ter escala e que, com “a guerra que há no streaming“, o importante é a diferenciação pelos conteúdos exclusivos.”Nós entregamos tudo, exceto a música. entregamos todos os metadados sobre os artistas”, afirma

Musikki em números

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N.º de artistas com informação disponível na Musikki: 1 milhão
N.º de utilizadores: app com 60.000 downloads e 150 clientes empresariais
N.º de países: não detalhado
Países com mais utilizadores: Estados Unidos, Reino Unido e Portugal
Investimento atual: 1,55 milhões de euros

 

Para João Afonso, muito do valor a extrair da música surgirá do que está à sua volta. Diz que a indústria tem de adotar uma nova postura e que há conteúdos por monetizar que devem ser explorados. “É preciso criar conteúdos que mais ninguém tem”, afirma, sem duvidar que o mercado de streaming vai consolidar nos próximos anos. “A consolidação vai acontecer quando um dos grandes players atuais, como uma Apple ou um Facebook, adquirir um player como o Spotify ou o Deezer”, acrescenta. Para o líder da Musikki, serão as grandes empresas – cujo modelo de negócio não depende da música – a deter os serviços de streaming.

“Não precisamos de mais um Spotify ou SoundCloud”

Na era em que é possível consumir todo o tipo de música gratuitamente, como se convence o consumidor a pagar? Criando serviços diferente, com métodos de pagamento diferente, explicou ao Observador Charles Caldas, presidente da Merlin – agência global de direitos digitais para editoras independentes, que esteve em Portugal a propósito da Westway LAB, evento que reuniu representantes da indústria da música independente a nível mundial, e que decorreu a 15 e 16 de abril em Guimarães. “Também é com educação, mas não gosto dessa palavra, porque pressupõe que o consumidor é estúpido e tem de ser educado. Não é verdade. o consumidor sabe o que quer. Quer acesso à música de uma forma simples e efetiva”, afirma.

Pela primeira vez, mais de metade das editoras independentes (54,67%) que participaram no inquérito anual da Merlin, indicaram que os rendimentos que obtiveram das plataformas digitais representou, em 2015, 50% das receitas totais. Uma editora em três afirmou que, na verdade, representou 75% de tudo o que faturaram no ano. Dentro das receitas que advêm do digital, 33,7% das editoras indicou que o dinheiro faturado no streaming representou mais de metade das receitas totais. No ano passado, tinha representado apenas 25%.

Na Suécia, todas as casas têm Spotify, porque é um hábito. Como cá em Portugal, toda a gente tem televisão por cabo, mas se calhar quantos canais é que as pessoas vêem mesmo? Criou-se o hábito também"
Charles Caldas, presidente da Merlin

A maioria dos membros da Merlin (65,04%) afirmou que o negócio cresceu no último ano. De março de 2014 a março de 2015, as receitas das editoras associadas à Merlin nos serviços de streaming aumentaram 43% para 137,8 milhões de dólares. Charles Caldas avançou ao Observador que os números do ano que terminou em março de 2016 chegam aos 250 milhões. “Na Suécia, as pessoas têm todas Spotify, porque é um hábito. Como cá em Portugal, toda a gente tem televisão por cabo, mas se calhar quantos canais é que as pessoas veem mesmo? Criou-se o hábito também”, diz.

No que devem os artistas apostar? No acesso direto ao fã, explica Charles Caldas. “Os artistas vão criar sempre música, o que vai mudar é o acesso deste artista diretamente ao fã. É nessa relação de proximidade que devem apostar e aproveitar as redes sociais, o YouTube, o SoundCloud, entre outras.” E por isso defende que os artistas têm de ser educados em fazer mais do que música. “Vem muito bater à nossa porta o próximo Spotify ou Facebook. Mas não precisamos de mais nenhum. O que precisamos é de uma ideia nova, encontrar um nicho de mercado que ainda não foi explorado como deve ser, que traz valor ao consumidor, mas também ao mercado”, conta.

E que nichos podem ser esses? Charles Caldas dá várias hipóteses: um par de headphones que já vem com ligação wireless e acesso a um serviço de streaming, um sistema de rádio onde é possível assinalar sempre que passa uma música que se gosta mais, sabendo que, mais tarde, surge um alerta sempre que passar algo do mesmo género, entre outras. “Eu subscrevo os serviços todos, mas amanhã pagava por um que fosse analisar toda a música que consumi no ano passado e que me avisasse, por exemplo, sempre que saísse um disco que estivesse relacionado com a música que ouço.”

E na era da tecnologia, uma nota: há 26 anos que não se vendiam tantos vinis como no ano de 2015. Foram perto de 12 milhões, quase o dobro dos que foram vendidos em 2013 e seis vezes mais do que se vendia em 2008, dois anos depois de Daniel Ek e Martin Lorentzon terem lançado o Spotify. O serviço de streaming de música sueco conta com cerca de 100 milhões de utilizadores mensais ativos. Apenas 30% paga pelo serviço.

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