O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai apresentar esta quinta-feira a primeira estimativa para os números do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2014. A economia portuguesa apresentou um crescimento homólogo de 1,6% no último trimestre de 2013 e um crescimento em cadeia de 0,6%, mas, no conjunto do ano passado, registou uma contração de 1,4%.

Tanto o Montepio como o BPI estimam agora que a economia portuguesa tenha mantido o ritmo de crescimento registado no último trimestre de 2013, quando cresceu 0,6% face ao terceiro trimestre: assim, no primeiro trimestre de 2014, a economia terá crescido os mesmos 0,6%, agora face ao último trimestre de 2013.

Na folha de comentário desta semana, os analistas do Montepio antecipam que a procura interna tenha sido “parcialmente condicionada pela entrada em vigor das medidas constantes no Orçamento do Estado para 2014” e referem-se ainda ao “inverno anormalmente rigoroso, que terá afetado atividades como a pesca, a agricultura e a construção”.

A economista Paula Carvalho, do BPI, afirmou à Lusa que, apesar da estagnação do crescimento em cadeia, “não parece que esteja em causa a tendência de recuperação gradual da economia”, sublinhando “o regresso a variações positivas” do PIB, impulsionadas pelas exportações e também pelo investimento.

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Menos otimistas estão o BBVA e a Universidade Católica, esperando o banco um “crescimento nulo” entre o primeiro trimestre de 2014 e o trimestre anterior, e a universidade um crescimento em cadeia de 0,2% no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2013.

Os analistas do BBVA consideram que os dados de confiança e de atividade apresentaram “sinais contraditórios” no primeiro trimestre, antecipando que “o PIB poderá ter estagnado no primeiro trimestre”, mas que deverá acelerar a partir da segunda metade do ano.

Já os economistas da Católica preveem que a economia portuguesa tenha registado no primeiro trimestre “o quarto trimestre consecutivo de crescimento, mantendo o quadro de recuperação do último trimestre de 2013”.

Apenas a Universidade Católica e o BPI apresentam estimativas para o crescimento da economia em termos homólogos, com a universidade a apontar para um crescimento de 2,2% entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2013 e o banco a apontar para um crescimento de 2% – dados que resultam do mau primeiro trimestre verificado em 2013.