Para “não comprometer quaisquer investigações que estejam a decorrer”, a FIFA não quis “comentar” ou “prestar informações” ao Observador sobre um relatório que, no sábado, foi divulgado pelo New York Times – e que referiu o Portugal-Mocambique, de 8 de junho de 2010, como um dos encontros de preparação realizados antes do Mundial 2010, na África do Sul, que terá sido alvo de um esquema de combinação de resultados para apostas online.

De acordo com os regulamentos, explicou gabinete de comunicação da entidade que gere o futebol internacional, a FIFA apenas se poderia pronunciar “após o Comité Disciplinar ou o Comité de Ética tomarem uma decisão” e “notificarem as partes envolvidas”. Ou seja, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ou a sua homóloga moçambicana serão sempre informadas antes de o relatório, citado pelo New York Times, ser divulgado publicamente.

A FPF, recorde-se, afirmou ao Observador que “desconhece totalmente o assunto”. Já a FIFA excusou-se a “fazer comentários sobre se uma investigação está, ou não, em curso”.

No sábado, o diário norte-americano publicou a primeira parte de uma reportagem sobre a alegada investigação da FIFA a um esquema de corrupção e subornos a árbitros, que visou pelo menos seis amigáveis realizados em 2010, na África do Sul, antes do campeonato do mundo.

A vitória da seleção nacional frente a Moçambique (3-0), ocorrida a 8 de junho desse ano, é uma de seis partidas para as quais a Football 4U Internacional, empresa sediada na Singapura, quis fornecer árbitros. A 25 de maio de 2010, segundo o New York Times, esta empresa terá enviado uma carta à Federação Sul-Africana de Futebol, na qual se ofereceu para tratar das equipas de arbitragem para seis jogos amigáveis que agendados para os dias seguintes.

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