Na quinta-feira, quando foi detido, Ricardo Salgado chegou a pedir que não lhe fosse aplicada uma caução superior a 500 mil euros, avançou esta noite a SIC. O juiz encarregue do caso, Carlos Alexandre, acabou por lhe aplicar uma de três milhões de euros, a segunda maior de sempre no país.

A estação de televisão anota que a defesa do ex-presidente executivo do BES, liderada por Francisco Proença de Carvalho, conseguiu dilatar o prazo face à norma geral: em vez de 10 dias, Salgado ficou com 15 dias para conseguir pagar ou obter a garantia bancária que assegure a sua liberdade condicional. Sem passaporte na mão, Salgado terá que se ver sujeito a que o Ministério Público decida, caso a caso, as viagens que pretenda fazer.

Ricardo Salgado está proibido de contactar com três pessoas, acrescenta a SIC: José Guilherme, o construtor civil que lhe terá dado uma prenda de 18 milhões de euros, Hélder Bataglia, presidente da Escom, e Álvaro Sobrinho, o ex-presidente do BES Angola. Os nomes indiciam que a acusação versa precisamente sobre o processo não concretizado da venda da Escom também à prenda recebida do construtor civil português que tem negócios em Angola.

Ricardo Salgado é acusado de burla, abuso de confiança, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

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