A uma semana da greve anunciada pelos pilotos da TAP, a empresa conseguiu assegurar que metade dos passageiros não serão afetados pela paralisação, mas ainda falta encontrar solução para muitos milhares.

Fonte oficial da companhia disse ao Observador que “já foi conseguida alternativa para cerca de 10 mil passageiros”. A esses juntam-se outros 10 mil que terão viagem assegurada pelos voos que são operados pela PGA Portugália Airlines, através do fretamento de aeronaves de outras companhias e pelos regressos à base de aviões que pernoitam em aeroportos no estrangeiro– tudo opções que estão diretamente na mão da operadora.

Fazendo as contas ao movimento esperado para um sábado de Agosto, a TAP prevê que cerca de 40 mil pessoas sejam afetadas de alguma forma pela greve anunciada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). O facto de estarmos em agosto, “num pico de procura”, referiu a mesma fonte, “não tem ajudado, não tem sido fácil encontrar alternativas, mas os esforços estão a ser feitos”. Durante a semana que antecede a paralisação prevista a companhia aérea nacional promete continuar a tentar reagendar viagens, transferir os passageiros para outras companhias ou reembolsar o valor do bilhete, salientado a fonte oficial da TAP contactada pelo Observador que “ainda falta a marcação dos serviços mínimos”, o que juntará mais passageiros à conta dos que não serão afetados.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil entregou um pré-aviso de greve para dia nove de agosto devido ao que considera ser o agravamento das condições de trabalho e para obrigar o acionista Estado a receber os sindicatos para se discutir a situação da empresa.

A TAP estima que um dia de greve em que não se realizasse qualquer voo custaria qualquer coisa como oito milhões de euros. Como esse não será o caso, é impossível prever qual o preço da greve, caso ela avance mesmo. Em 2012, os pilotos da TAP tinham marcado uma paralisação para julho e agosto, que acabou por ser cancelada um dia antes.

 

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