O Montepio teve lucros de 11,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2014 que comparam com os prejuízos de 69,7 milhões de euros do mesmo período do ano passado, mas foi forçado a aumentar o nível de provisões para acomodar eventuais perdas decorrentes de créditos concedidos a empresas do Grupo Espírito Santo (GES).

Segundo informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), contribuíram para os resultados positivos da Caixa Económica Montepio Geral no primeiro semestre a margem financeira, que cresceu 57,5% em termos homólogos, para 160,6 milhões de euros, e o produto bancário, que mais do que duplicou entre janeiro e junho para 483,8 milhões de euros.

O banco justifica o aumento do produto bancário com o “desempenho positivo das comissões de serviços prestados a clientes, que atingiram 51,7 milhões de euros” e, sobretudo, com os “resultados de operações financeiras (fundamentalmente obtidos em ativos de taxa fixa), que se cifraram em 275 milhões de euros”.

No documento disponibilizado no site da CMVM, o Montepio sublinha que “em resultado de uma política prudente e conservadora na interpretação dos fatores de risco associados ao desempenho da atividade bancária, num ainda débil enquadramento macroeconómico, as provisões e imparidades atingiram 292,9 milhões” de euros, “representando um aumento de165,5” milhõesde euros face ao primeiro semestre de 2013.

“Em linha com esta política”, acrescenta o Montepio, a instituição financeira “procedeu a um julgamento muito conservador da sua exposição ao universo de empresas do GES de forma a acomodar, já nas suas contas semestrais, os efeitos resultantes das eventuais perdas provenientes daqueles créditos”.

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