A Malaysia Airlines está a passar por uma situação económica difícil. Os passageiros deixaram de escolher esta companhia depois dos dois desastres aéreos que, em 2014, envolveram aeronaves da companhia. Apesar de a responsabilidade do segundo incidente – o abate do avião que sobrevoava a Ucrânia – não poder ser imputada à Malaysia Airlines, os passageiros associam a marca à situação e escolhem outros voos.

Os voos da Malaysia Airlines estão praticamente vazios.

A Malaysia Airlines informou que o prejuízo líquido aumentou para 443 milhões de ringgit (cerca de 106 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, contra os 279 milhões ringgit (cerca de 67 milhões de euros) no período homólogo em 2013. Aos prejuízos que se vinham acumulando nos últimos anos, juntam-se os prejuízos diários causados pelos voos praticamente vazios – 1,6 milhões de dólares por dia (cerca de 1,2 milhões de euros). Nem o aumento das comissões às agências de viagens australianas, nem os descontos nos voos têm conseguido alterar a situação. Esta quinta-feira serão apresentados os resultados do segundo trimestre.

Depois das duas fatalidades que vitimaram centenas de pessoas – 239 no voo MH370 e 298 no voo MH17 – a operadora aérea, que ainda em junho era uma das cinco melhores do mundo, viu-se obrigada a sair da bolsa para ser reestruturada no final do mês. A reestruturação, que ainda carece de aprovação governamental, poderá ser apresentada esta semana. Pode passar por mudança do nome e de toda a imagem da marca, pela redução de quatro mil funcionários e deixando de voar para algumas cidades na China e Europa.

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