O Governo de Timor-Leste anunciou nesta quarta-feira em comunicado que vai adquirir em Portugal um novo navio para fazer o transporte de passageiros e de carga para o enclave de Oecussi. “O Ggoverno decidiu adquirir um navio de carga e passageiros para servir a região de Oecussi Ambeno”, refere o executivo timorense no comunicado referente à reunião extraordinária do Conselho de Ministros realizada na passada sexta-feira.

Segundo o Governo timorense, a decisão foi tomada depois de uma equipa técnica do Ministério dos Transportes e Comunicações ter viajado a Portugal para “avaliar os custos e qualidade de construção de um novo navio para Timor-Leste”. “Tendo a equipa feito uma avaliação positiva, e atendendo à urgência de aquisição deste meio de transporte marítimo para responder à necessidade de circulação com Oecussi, o Governo decidiu autorizar a aquisição por ajuste direto”, acrescenta.

Segundo apurou o Observador, isto significa que o Governo timorense adquiriu por 1 milhão de euros o material que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo já tinha adquirido para construir o navio Anticiclone, encomendado pelos Açores juntamente com o Atlântida e que nunca veio a ser construído. Mesmo assim, o valor de 1 milhão de euros é inferior ao custo do material.

A missão timorense esteve em Lisboa em junho e visitou os Estaleiros de Viana do Castelo, informação confirmada ao Observador pelo Ministério da Defesa.

A construção do navio pretendido pelo Governo de Timor, porém, ainda não está adjudicada, podendo ter lugar em Viana do Castelo, nos estaleiros que agora estão concessionados à Martifer.

Na região aAdministrativa timorense de Oecussi vai ser implementado o projeto da Zona Especial de Economia Social de Mercado, liderado pelo antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri. A Zona Especial de Economia Social de Mercado pretende incentivar o desenvolvimento regional integrado através da criação de zonas estratégicas nacionais atrativas para investidores nacionais e estrangeiros. O objetivo é retirar a Oecussi o estatuto de enclave e conferir-lhe o estatuto de polo de desenvolvimento nacional, sub-regional e regional, ficando Ataúro, no âmbito deste polo, direcionado para o turismo integrado.

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