A China manifestou esta quinta-feira apoio à decisão do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ampliar a campanha para eliminar a organização radical sunita Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria lançando uma nova ofensiva nestes países.

“A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para combater o terrorismo e isso inclui apoiar os esforços realizados por qualquer país”, disse hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, quando questionado numa conferência de imprensa sobre a iniciativa dos Estados Unidos.

“Nestes tempos, em que a situação internacional contra o terrorismo é ainda muito complexa e estamos longe de ter acabado com este grave problema, que nos oferece novas ameaças e novos desafios, é hora de cooperarmos uns com os outros”, disse a porta-voz, escusando-se a responder diretamente sobre a iniciativa norte-americana, mas sinalizando um apoio de princípio à iniciativa de Obama.

O Governo de Pequim opõe-se ao terrorismo “em qualquer das suas formas”, afirmou, acrescentando que a China apoia qualquer iniciativa antiterrorista desde que “sejam respeitadas as leis internacionais, a soberania nacional dos países e a integridade territorial”, em linha com a política chinesa de não interferência nos assuntos estrangeiros.

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O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou na quarta-feira à noite (madrugada de hoje em Lisboa), num discurso à nação, a estratégia militar dos Estados Unidos para “destruir” o Estado Islâmico (EI).

O plano anunciado por Barack Obama prevê ataques aéreos sistemáticos na Síria, o reforço da campanha em curso no Iraque, a perseguição em qualquer parte do mundo dos membros do EI e a criação de uma coligação internacional, que deverá ganhar forma a tempo da próxima Assembleia-Geral das Nações Unidas prevista para o final deste mês.