A Serra Leoa disse esta quarta-feira ter descoberto cerca de 100 cadáveres e 200 presumíveis casos da febre hemorrágica Ébola durante o recolher obrigatório de três dias que implementou no fim de semana para travar a epidemia da doença.

Cerca de seis milhões de pessoas estiveram confinadas às suas habitações durante 72 horas a partir de sexta-feira, enquanto 28.000 voluntários iam casa a casa para identificar casos suspeitos e dar conselhos sobre a prevenção da doença.

“Foram descobertos mais de 92 corpos em todo o país durante o recolher obrigatório”, disse o vice-ministro dos Assuntos Políticos, Karamoh Kabbah, durante uma conferência de imprensa na capital da Serra Leoa, Freetown.

“Mais de 200 casos suspeitos foram identificados … dos quais, até agora, foram confirmados 130”, adiantou.

Esta é a mais grave epidemia do Ébola desde a identificação do vírus em 1976 e já causou 2.811 mortos na África Ocidental, em 5.864 casos, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Serra Leoa, onde morreram 593 pessoas das 1.813 infetadas, é um dos três países mais afetados pela doença – a par da Libéria e da Guiné-Conacri.

 

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