O exército nigeriano anunciou esta quarta-feira que o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, está morto. Esta é a primeira vez que os militares afirmam publicamente a morte de Shekau, depois de o líder ter sido dado como morto por duas vezes, em julho de 2009 e em junho de 2013. Nesta quarta-feira, o exército revelou ter morto um sósia que se fazia passar por Shekau.

O porta-voz do ministério da Defesa, Chris Olukolade, disse à imprensa, em Abuja, que um combatente islâmico de grandes barbas identificado como Mohammed Bashir morreu durante combates na cidade de Konduga, no estado de Borno. Bashir “tinha-se feito passar, em vídeos, pelo falecido Abubakar Shekau, a excêntrica personagem conhecida como líder do grupo”, disse Olukolade.

A porta-voz da polícia secreta nigeriana, Marilyn Ogar, já havia declarado que “o verdadeiro Shekau estava morto” e que a pessoa que aparecia nos vídeos era um impostor. Mas esta quarta-feira, os militares que confirmaram a morte do líder do Boko Haram, não disseram como ou quando Shekau morreu.

Tem havido muita especulação na Nigéria em torno da figura de Shekau, com alguns a afirmarem que está morto desde 2003 e que o seu nome já foi usado por, pelo menos, dois impostores.

Como escreve a Agence France Press (AFP), não é certo que o anúncio do exército ponha fim às incertezas sobre a identidade e a morte de Shekau, uma vez que não houve uma verificação independente. De acordo com Olukolade, a verdadeira identidade do líder do Boko Haram não é relevante, dado que o nome “Shekau” já se tornou numa espécie de marca para os terroristas. “O exército nigeriano”, acrescentou, “continua determinado a fazer justiça a quem quer que assuma essa designação ou título, bem como a todos os terroristas que tentam violar a liberdade e o território da Nigéria”.

Os militares têm estado sob pressão para retomar território perdido para os combatentes islâmicos do Boko Haram no extremo nordeste do país, nas últimas semanas, estando a levar a cabo “operações coordenadas por terra e ar” para fazer recuar os ativistas, de acordo com o porta-voz do ministério da Defesa.

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