Geoffrey Holder morreu este domingo em Nova Iorque, aos 84 anos, vítima de uma pneumonia. Nascido em 1930 na Trindade e Tobago, foi lá que se tornou um bailarino profissional desejado pelos Estados Unidos. Começava ali uma carreira multifacetada cujo ponto alto da fama se deu com o confronto com James Bond no filme “007 – Vive e Deixa Morrer”.

Os dois Tony Awards – o equivalente aos Óscares do teatro – que venceu em 1975 por ter dirigido a versão de “O Feiticeiro de Oz” são apenas uma etapa de uma carreira como tiveram poucos. Geoffrey Holder foi coreógrafo, pintor, compositor, tratou de todo o guarda-roupa da peça “The Wiz”, que lhe valeu um Tony, foi bailarino na Broadway e na Metropolitan Opera.

Mas foi através do grande ecrã que Geoffrey Holder se deu a conhecer ao mundo. Mais especificamente com “007 – Vive e Deixa Morrer”, de 1973, onde dá vida ao vilão Baron Samedi. O filme foi a estreia do ator Roger Moore como James Bond. O agente secreto tenta acabar com o vilão, mas este sobrevive. E termina o filme com um riso maléfico:

Entre os vários filmes onde entrou destacam-se “Annie”, de 1982, e “Dr. Dolittle”, que vendeu dois Óscares em 1967. Geoffrey Holder foi ainda o narrador do filme “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, realizado por Tim Burton em 2005.

“Tudo o que vejo é arte. Ela sai de mim. E eu sempre acreditei que se amarmos o que fazemos, então não é trabalho”, disse o ator, recordado agora pelo LA Times.

“Era um homem fantástico. Um artista soberbo, que viveu uma grande vida”, disse Charles Mirotznik, o advogado de Holder que confirmou a morte.

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