O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, rejeitou um apelo da França ao repetir que apenas os sírios estão autorizados a atravessar a fronteira do seu país para combaterem em Kobane na vizinha Síria, uma cidade que está cercada por forças jihadistas. “Os que vêm da Síria podem voltar a partir para se juntarem ao combate”, declarou Davotuglu em declarações aos jornalistas em Ancara, repetindo que o seu governo recusará a passagem de cidadãos de outras nacionalidades, designadamente turca.

O Presidente francês François Hollande pediu a Ancara para abrir as suas fronteiras e permitir a passagem de combatentes, em particular curdos da Turquia, dispostos a defender Kobane face ao avanço dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), que agora controlam cerca de 50% da terceira cidade curda da Síria.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos humanos (OSDH), uma ONG sediada em Londres e conotada com a oposição, desde o início da ofensiva jihadista a 16 de setembro, já foram mortas perto de 600 pessoas, na maioria combatentes, enquanto 70 localidades caíram em poder do EI.

Os dados divulgados ONG, baseados numa rede de militantes e pessoal médico no terreno, referem ainda que 300 mil civis fugiram da região. A esmagadora maioria deslocou-se para a Turquia (cerca de 200 mil) e alguns milhares para o Iraque.

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