“O melhor do mundo são as crianças”, escreveu Fernando Pessoa, e os bancos dão-lhes um tratamento especial. Porém, as propostas exclusivas para os mais novos devem ser rejeitadas, porque, em geral, não fazem o melhor pelas poupanças dos miúdos.

A taxa mais alta que a Caixa Geral de Depósitos paga aos mais novos é de 2,5%, eventualmente acrescida de 0,3% de bónus de permanência, numa aplicação de cinco anos. Todavia, os Certificados do Tesouro Poupança Mais rendem 4,2% por ano no mesmo prazo, antes de descontar os impostos. O Millennium bcp propõe 2%. E o Novo Banco paga um máximo de 1,85%.

As regras para investir os euros dos aforradores mais novos são as mesmas aplicadas ao dinheiro dos adultos. Por exemplo, quanto mais longe estiver o prazo esperado de movimentação do dinheiro, mais se deve arriscar. Tem mais lógica aplicar o dinheiro para a universidade de um recém-nascido no mercado acionista (porque rende mais no longo prazo) do que numa conta de poupança, desde que, à medida que ele fica mais velho, se passe o dinheiro para aplicações de menor risco, como Certificados de Aforro, Certificados do Tesouro Poupança Mais ou fundos de obrigações.

Sempre que possível, simplifique as poupanças, escolhendo, por exemplo, fundos de investimento. Como as poupanças das crianças não são geridas ativamente, podem facilmente cair no esquecimento dos mais velhos. Escolhendo instrumentos simples, a probabilidade de problemas por falta de acompanhamento desce.

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