Pode estar a germinar uma nova onda de má publicidade para a Apple e para os novos iPhone 6 e iPhone 6+, depois das acusações de que o modelo mais alongado dobrava quando sujeito a alguma pressão. Vários utilizadores dos novos modelos garantem que, apesar de terem um “cuidado extremo” com o aparelho, os seus “smartphones” estão a exibir riscos no ecrã e nos cantos após poucas semanas de uso.

As queixas começaram ainda em setembro nos fóruns oficiais da Apple e, à medida que um número crescente de utilizadores dava conta do mesmo problema, o assunto chamou a atenção da publicação Apple Insider, especializada na marca tecnológica. Até esta quarta-feira, 725 pessoas responderam à queixa original deixada por alguém sob o pseudónimo “jake.underwood26”, menos de uma semana depois do lançamento oficial do aparelho.

“Tenho tido um cuidado extremo com o meu 6+, mas os cantos já têm riscos visíveis. Mais alguém está a ter o mesmo problema?”, questionou o utilizador.

Centenas de outros utilizadores reviram-se na queixa colocada pelo queixoso original. “Depois de dois anos de utilização intensiva e sem protetor de ecrã, o meu iPhone 5 nunca teve um risco”, garante “jshea74”. Agora, “menos de uma semana com o iPhone 6, tenho um risco de grande dimensão no meu ecrã. Estou muito dececionado”, afirmou.

A Apple Insider, que em primeira mão constatou o problema num utilizador que transporta o iPhone 6 numa bolsa de microfibras, diz que há algumas razões por que os novos iPhone podem ser mais suscetíveis a riscos na superfície. Em primeiro lugar, porque o ecrã curvo, parte do qual em vidro, torna o “smartphone” mais exposto em comparação com as versões anteriores, que tinham cantos em ângulo reto e protegidos por um material mais resistente. A forma como os modelos anteriores eram construídos oferecia também mais proteção se o “smartphone” fosse pousado com o ecrã para baixo, acrescenta a Apple Insider.

Apesar de a queixa exposta no fórum da Apple já contar com 114 mil visualizações e 725 respostas, nenhum representante da marca respondeu ao problema. Esta está longe de ser a primeira vez que um iPhone, um produto de grande popularidade, é alvo de queixas relacionadas com a durabilidade do chassis. O modelo lançado há cerca de dois anos, o iPhone 5, foi criticado pela fragilidade da estrutura de alumínio, que em pouco tempo passava a exibir riscos e perda de tinta, um problema que a versão seguinte, o iPhone 5s, procurou corrigir.

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