Cerca de 30 mil portugueses visitaram no ano passado Guggenheim de Bilbau, em Espanha, contribuindo para que o museu tivesse ultrapassado um milhão de visitantes em 2014, na sua maioria estrangeiros.

Segundo dados divulgados pela direção do museu, o Guggenheim Bilbau foi visitado em 2014 por 1.011.363 de pessoas, mais 8,6 por cento do que no ano anterior, e superando pela sexta vez na sua história a barreira de um milhão de visitantes. Com 64% de visitantes estrangeiros, o número de entradas superou as estimativas oficiais dos responsáveis que apontavam para 930 mil visitas. Mas, na passagem por Lisboa, em outubro, Xabier Pérez Gaubeka, um dos diretores do Museu, já tinha dito ao Observador que a marca de um milhão seria atingida.

Os franceses (18%) lideram da lista de visitantes do museu, logo seguidos pelos britânicos (7%), alemães (7%), norte-americanos (7%), italianos (4%) e portugueses (3 por cento).

As exposições temporárias que mais visitantes receberam foram as de Yoko Ono “Halk-A-Wind Show. Retrospetiva”, que foi vista por 613.754 visitantes pessoas e a de Georges Braque, que atraiu 397.364 visitantes.

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Um total de 442.033 pessoas participaram nos programas educativos do museu, que em 2014 inaugurou um novo espaço educativo desenhado por Frank Gehry, que alberga oficinas escolares e para as famílias, bem como o espaço “Baby art”, cursos de introdução à arquitetura para crianças, ateliers criativos para adultos, ações de formação, palestras e projeções audiovisuais.

Relativamente ao impacto económico do museu, o total de gastos diretos como consequência da sua atividade na região foi de 336,8 milhões de euros, tendo contribuído com 297 milhões para o Produto Interno Bruto (PIB) da região. Segundo a direção do museu, a sua atividade contribuiu para a manutenção de 6.375 empregos.

A marca “Guggenheim” é, por si só, um atração turística. Mas não é uma garantia de sucesso. Em 2012, o pequeno Guggenheim de Berlim fechou as portas após 15 anos de atividade. Hoje, há quatro museus na rede: Nova Iorque, Veneza, Abu Dhabi e Bilbao, que abriu em 1997.

“No passado, Bilbao era uma cidade rica e industrial, mas com a crise dos anos 80 sofreu um descalabro tremendo. Os políticos da época apostaram em algo totalmente diferente: cultura”, contou ao Observador Xabier Pérez Gaubeka. “Foi um projeto com tal aceitação que, 20 anos depois, pode dizer-se que mudou a cidade”.