Duas crianças foram usadas este domingo como bombas-suicidas num atentado num mercado na Nigéria, provocando três mortos e 46 feridos. É o segundo ataque do género em apenas dois dias. No sábado, uma criança de 10 anos, que transportava uma bomba, fez 20 mortos e 18 feridos.

Segundo relato da Reuters, as bombas rebentaram num mercado ao ar livre a meio da tarde, na cidade de Potiskum no estado de Yobe, que tem sido frequentemente atacado pelo grupo terrorista Boko Haram.

Segundo um dos comerciantes, Sani Abdu Potiskum, as crianças tinham cerca de dez anos. “Eu vi os seus cadáveres. Eram duas meninas com cerca de dez anos”, disse.

Em Novembro, ainda segundo a Reuters, um ataque suicida tinha feito 48 mortos. O Boko Haram lançou o primeiro ataque com bombistas suicidas femininas em junho do ano passado, e desde então têm sido frequentes estas iniciativas, que incluem quatro ataques numa só semana na cidade de Kano.

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Em julho, relembra a AFP, uma rapariga de dez anos foi encontrada em Katsina usando um colete suicida, ajudando a alimentar a especulação de que estas meninas são obrigadas a ser bombas humanas em vez de o fazerem por quaisquer motivações ideológicas.

Segundo a Al-Jazeera, o grupo terrorista Boko Haram pode ser assassinado duas mil pessoas na cidade de Baga, região nordeste da Nigéria, no últimos dias e conseguido dominar a região.

Baga seria a última das cidades do nordeste da Nigéria que ainda não estava sob domínio dos islamitas e esta conquista, segundo analistas de segurança consultados pela Al-Jazeera, tem uma “importância estratégica” para o grupo terrorista – seria a única cidade que ainda estava sob o domínio do governo nigeriano.