Os chefes de diplomacia da União Europeia decidiram recorrer esta segunda-feira da decisão do Tribunal Geral da União Europeia, que em dezembro passado ordenou a retirada do grupo palestiniano Hamas da lista comunitária de organizações terroristas.

A decisão, tomada no início de um Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Bruxelas, consagrado precisamente ao combate ao terrorismo, já era esperada, uma vez que, por ocasião da decisão do tribunal, a 17 de dezembro de 2014, a União Europeia indicou desde logo que iria recorrer, pois a decisão do tribunal era legal e não política.

O Conselho indicou hoje que, face a este recurso, os efeitos da sentença do Tribunal Geral ficam suspensos até que o Tribunal de Justiça da UE se pronuncie definitivamente, pelo que o Hamas continua a figurar na lista de organizações terroristas.

A UE incluiu o Hamas na lista de organizações terroristas que criou em 2001 após os atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos.

Em dezembro passado, uma sentença do Tribunal Geral da UE ordenou a saída do movimento palestiniano da lista de organizações terroristas, mas por “razões processuais”, sublinhando que a decisão legal se baseava “em questões processuais e não implica qualquer avaliação pelo Tribunal das razões de fundo da designação do Hamas como organização terrorista”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR