O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje que o atual Governo de coligação PSD/CDS-PP está “esgotado” e “não tem mais nada para dar” aos portugueses, daí que este ano deva ser de mudança.

“Os portugueses já perceberam todos. Este Governo não tem mais nada parar dar, este Governo está esgotado, este Governo já não tem nenhuma solução, este Governo está só a marcar passo e, pior, a fazer-nos a todos perder tempo, porque este Governo é necessário ser mudado para que o país possa efetivamente mudar”, afirmou.

António Costa falava hoje, no pavilhão municipal de Seia, perante cerca de 600 militantes e simpatizantes socialistas que participaram no jantar de Reis promovido pela Federação Distrital do PS da Guarda.

“Como costumamos dizer, ano novo, vida nova. E este ano tem de ser um ano de vida nova, um ano de mudança”, acrescentou o dirigente no seu discurso.

António Costa referiu que a Europa já começou a dar “pequenos sinais de mudança”.

“E todos sabíamos que muito do que é necessário mudar em Portugal depende também da mudança na Europa”, observou.

O líder do PS disse estranhar que o Governo, em vez dos interesses nacionais, procure “contrariar esta mudança que está a acontecer na Europa e que é necessário acelerar para salvar” a economia e voltar a criar emprego.

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Aludiu depois a problemas verificados na abertura do ano letivo, no setor da Justiça (com o bloqueio do sistema informático) e na saúde, “com a tragédia nas urgências”.

Este cenário, segundo Costa, é “o resultado de uma gestão orçamental desastrosa e irresponsável conduzida por este Governo ao longo destes três anos”.

“É função do PS chamar a atenção do país, alertar o país, para a necessidade de mudarmos de política para podermos ter resultados diferentes”, disse.

Para isso, e no que respeita à área da saúde, na segunda-feira, o grupo parlamentar socialista fará visitas aos hospitais “para ver no terreno qual é a situação efetiva” para exigir respostas ao Governo “pelo caos instalado no serviço de urgências”.

O secretário-geral do PS apontou que o ano de 2015 é “muito exigente” e os portugueses olham para o partido que lidera “com muita expectativa e com muita ansiedade”.

“Os portugueses já sabem bem o que não querem, e não querem mais este Governo. Os portugueses querem travar a austeridade, os portugueses querem relançar a confiança na economia, querem voltar a ter confiança no seu futuro, querem voltar a ter esperança no futuro dos seus filhos e é essa resposta que nós, PS, temos de dar, devolver a confiança às portuguesas e aos portugueses e esperança no futuro de Portugal”, afirmou.

Como falava em Seia, um concelho localizado na Serra da Estrela, no distrito da Guarda, apontou que aquela região “é uma grande oportunidade para o desenvolvimento do país”, por ser a parte do território “que está mais próximo do mercado ibérico”.