Quer ganhar 3% por ano com baixo risco? Se sim, apresse-se: os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) pagam-lhe essa taxa de juro líquida de impostos durante cinco anos se os subscrever até ao final de janeiro de 2015. A partir de fevereiro, o rendimento será cortado para “valores mais próximos da Euribor e da taxa de depósitos”, avisa Cristina Casalinho, presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, em entrevista ao Diário Económico.

Tendo em conta as taxas médias dos depósitos a prazo, publicadas pelo Banco de Portugal, a referência máxima para os CTPM será de 1,3% a partir de fevereiro, o que resulta numa taxa anual líquida inferior a 1%. Do ponto de vista do emitente, a República Portuguesa, o custo desta nova dívida ficaria próxima do que os investidores exigem para investirem nas Obrigações do Tesouro a cinco anos. Os títulos que se vencem em junho de 2020 estão a ser transacionados assumindo uma taxa anual bruta de 1,5%.

Quem subscrever CTPM ainda em janeiro pode receber uma taxa anual líquida superior a 3%, porque, pelas regras atuais, ao rendimento do quarto e do quinto ano do produto pode ser adicionado 80% do crescimento real do produto interno bruto. Se a crescimento for de 1,6%, como o Banco de Portugal estima para 2016, o rendimento anual líquido aumenta para 3,4%.

Com as regras atuais dos Certificados do Tesouro Poupança Mais, estes são os rendimentos e os capitais recebidos anualmente por um investimento de mil euros.

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Os CTPM, que podem ser subscritos em algumas estações dos Correios e através do AforroNet, são produtos de dívida pública dirigidos aos pequenos aforradores. As taxas de juro são crescentes (2,75% a 5%) e os rendimentos pagos anualmente. Não podem ser movimentados no primeiro ano e só é possível transferi-los por morte. O investimento mínimo é de mil euros.

O rendimento anual líquido de 3% só é registado para quem subscrever neste mês de janeiro e mantiver a aplicação durante cinco anos, até janeiro de 2020. Os juros são enviados anualmente para a conta à ordem associada à conta de aforro, tal como o reembolso do capital.

O rendimento dos Certificados de Aforro também será afetado pelo corte indicado por Cristina Casalinho. Porém, ao contrário dos CTPM, a redução deverá afetar não só as emissões futuras como os títulos que os aforradores já têm na sua posse, aquando da revisão trimestral da taxa de juro. O Observador ficará atento às novas taxas para lhe dizer se valerá a pena manter os Certificados de Aforro.