Investigadores portugueses lideraram uma equipa que criou uma tecnologia capaz de extrair cálculos renais (pedras dos rins) em apenas alguns minutos. Em comunicado, a Universidade do Minho explica que esta tecnologia utiliza um campo eletromagnético para guiar a agulha de punção. Estêvão Lima, professor da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, explica que a extração de cálculos renais é um processo que demora atualmente cerca de duas horas e “depende muito quer da experiência do cirurgião quer do uso de radioscopia, que pode ter consequências sérias de radiação no doente e no cirurgião”.
Os cálculos (pedras) são removidos através de uma agulha puncionada na região lombar e que guia o procedimento até ao sítio certo no rim. “Mas a técnica que agora criámos é mais rápida, menos invasiva e permite ver no ecrã do computador a rota que a agulha deve seguir”, resume Estêvão Lima, também diretor do serviço de Urologia do Hospital de Braga.
O projeto decorre em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. A nova tecnologia já foi testada em animais e “espera-se avançar para ensaios nos humanos a partir do próximo ano”, lê-se no comunicado. A pesquisa venceu o 1.º Prémio no Simpósio da Associação Portuguesa de Urologia.