O petróleo valorizou mais de 8% esta sexta-feira em Nova Iorque e em Londres naquele que foi o maior ganho diário desde junho de 2012. As cotações que tem estado sob uma forte pressão no sentido da baixa reagiram depois da divulgação de dados que apontam para uma redução em 7% do número de poços em produção nos Estados Unidos, para um mínimo de três anos.

A Chevron foi a última multinacional a cortar o investimento em resposta à descida acentuada e contínua dos preços de petróleo. A OPEP (organização dos países produtores de petróleo) liderada pela Arábia Saudita tem resistido cortar a sua produção, alguns membros como o Iraque até a aumentaram, mantendo o excesso de produto.

A consequência é que as operações de produção mais onerosas são obrigadas a parar porque os preços não permitem remunerar a exploração. Muitos investimentos em nova produção também estão a ser suspensos. O petróleo para entrega em março voltou a ultrapassar os 50 dólares por barril em Londres, fechando à beira dos 53 dólares, uma subida de quase 8%. Em Nova Iorque, o barril fechou nos 48,24 dólares.

Apesar da redução dos preços em operação ter surpreendido, um analista citado pela Bloomberg considera que esse movimento não será suficiente para escoar o excesso de produto que há no mercado.

 

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