O Departamento Central de Investigação e Ação Penal está a investigar casos de terrorismo relacionados com o Estado Islâmico do Iraque e da Síria, confirmou a Procuradoria-Geral da República ao Observador. Não precisou quantos nem quantos já foram arquivados, garantindo apenas a existência de “inquéritos” abertos. Todos em segredo de justiça.

“Confirma-se a existência de inquéritos, a correr termos no DCIAP, que têm por objeto a investigação de factos relacionados com o denominado Estado Islâmico”, confirmou ao Observador fonte da PGR. Um deles, acrescentou, diz respeito à investigação de “atividades desenvolvidas nos Açores”.

Na quinta-feira, o Expresso noticiou a história de um açoriano de 48 anos que se preparava para ir para a Síria para integrar as fileiras da jihad, mas acabaria por ser travado pela Polícia Judiciária na Praia da Vitória. O homem, que assumia o nome de ‘Abdul’, estava em contacto permanente com os jihadistas ocidentais através das redes sociais a quem terá passado informações, fotografias e mapas sobre a base das Lajes, na Terceira.

Na sequência do ataque terrorista à sede do jornal francês Charlie Hebdo, o Observador questionou a Procuradoria-Geral da República sobre a existência de processos relacionados com terrorismo em Portugal. A resposta chegou mais de dez dias depois, confirmando a existência de inquéritos abertos.

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