Os jovens representam dez por cento do total das vítimas mortais em acidentes rodoviários, tendo a sinistralidade deste grupo etário um custo económico e social de 752 milhões de euros, indicam dados revelados nesta terça-feira. Na sessão de lançamento da edição deste ano de um programa rodoviário destinado a futuros condutores, o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Jorge Jacob, avançou as estatísticas da sinistralidade rodoviária envolvendo jovens.
Entre 2010 e 2013, os acidentes rodoviários provocaram, entre os jovens, 325 vítimas mortais, 1.298 feridos graves e 23.546 feridos ligeiros, disse Jorge Jacob, adiantando que a sinistralidade com jovens teve um custo económico e social de 752 milhões de euros em 2010. Segundo a ANSR, o risco de morte em acidentes de viação dos jovens, entre os 18 e os 24 anos, foi cerca de 40 por cento superior ao da restante população e 50 por cento dos mortos e feridos graves resultaram de despistes, seguido de colisões.
Os dados mostram também que a maioria dos jovens mortos ou feridos graves são condutores e passageiros, sendo o número de atropelamentos, entre os 18 e os 24 anos, inferior ao da restante população. De acordo com a ANSR, os acidentes com jovens ocorrem sobretudo entre as 20h00 e as 08h00, sendo o período mais elevado entre as 04:00 e as 08:00, e durante os fins de semana, além de ocorrerem em arruamentos e estradas municipais.
As estatísticas mostram igualmente que os carros ligeiros são os veículos dominantes nos acidentes dos jovens entre os 18 e os 24 anos, sendo os desastres com motas mais superiores na restante população do que nesta faixa etária. Apesar destes dados, o presidente da ANSR destacou que Portugal ocupa o segundo lugar mais baixo da Europa em termos de risco de morte dos jovens.