Um tribunal londrino considerou o rocker Gary Glitter culpado pelo envolvimento numa série de casos de abuso sexual de menores, escreve o Telegraph esta quinta-feira. Glitter é assim a primeira pessoa a enfrentar condenação no âmbito da Operação Yewtree, desencadeada com o escândalo Jimmy Savile, o ex-apresentador da BBC que abusou de várias crianças.

Gary Glitter, cujo nome real é Paul Gadd, foi considerado culpado de uma acusação de tentativa de violação, quatro casos de agressão sexual e um caso de relações sexuais com uma menor de 13 anos. O músico, popular na década de 70, rejeitou todas as acusações e disse não ter qualquer interesse em abusar sexualmente de raparigas. Glitter foi ilibado de duas acusações de agressão sexual e de uma acusação de administrar uma droga para facilitar as relações sexuais. Vai ficar detido até ser conhecida a sentença, no dia 27 de fevereiro.

Os abusos de Glitter aconteceram nos anos 70, no auge da sua fama. O rocker atacou duas raparigas – de 12 e 13 anos – quando as convidou para se deslocarem aos bastidores. A vítima mais jovem do músico tinha menos de 10 anos quando este a tentou violar em 1975.

Glitter já tinha sido condenado pelo envolvimento em crimes de pornografia infantil no Reino Unido. Em 2006 foi preso no Vietname e condenado a três anos de prisão por “atos obscenos com menores”.

É conhecido por êxitos dos anos 70 como “Rock and Roll, Parts One and Two”, “Do You Wanna Touch Me”, “I Love You Love Me Love” e “I’m the Leader of the Gang (I Am)” e vendeu mais de 18 milhões de discos.

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