Os separatistas do leste da Ucrânia asseguraram que não vão dar “nem um passo atrás” no momento de traçar a linha de separação entre forças, depois de nas últimas semanas terem conquistado centenas de quilómetros quadrados. “Posso dizer uma coisa: dificilmente nos vamos mover da linha em que nos encontramos agora. O nosso princípio é nem um passo atrás. Não vamos ceder aquilo que pagámos com o nosso sangue”, disse Igor Plotnitski, líder da autoproclamada República Popular de Lugansk.

O dirigente separatista acrescentou que o seu representante, Vladislav Deinego, já partiu para Minsk, capital da Bielorrússia, onde deverá realizar-se uma nova ronda de negociações na terça-feira, e que a postura dele será “muito dura”. “As negociações não vão ser fáceis. Tenho a certeza. Para todos. Para nós e para eles”, afirmou, citado por ‘media’ locais. Além das posições no terreno, indicou, os separatistas pretendem abordar questões políticas e económicas, numa alusão ao estatuto das regiões pró-russas e ao bloqueio económico imposto por Kiev.

A reunião de terça-feira, que junta o chamado Grupo de Contacto, integrado por representantes da Ucrânia, dos separatistas, da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), é considerada um “passo prévio” essencial a uma cimeira, prevista mas não confirmada para quarta-feira, entre Ucrânia, Rússia, França e Alemanha.

Segundo fontes oficiais citadas pela imprensa internacional, o plano de paz franco-alemão prevê uma série de passos para a aplicação dos acordos de Minsk de setembro, mas aumenta a zona desmilitarizada de cerca de 30 quilómetros então definida.

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