O Governo dos Estados Unidos manifestou nesta sexta-feira a sua preocupação pela “escalada de intimidação” contra a oposição na Venezuela, um dia depois de agentes dos serviços secretos venezuelanos deterem o presidente da Câmara Metropolitana de Caracas, António Ledezma. “Estamos profundamente preocupados pelo que parece ser uma escalada de intimidação da parte do Governo da Venezuela”, escreveu a secretária de Estado adjunta dos EUA para a América Latina, Roberta Jacobson, na sua conta na rede social Twitter.

Sem referir-se diretamente à detenção do político venezuelano, a governante norte-americana explica que os EUA “têm instado sistematicamente o Governo da Venezuela a libertar os que têm sido injustamente encarcerados e a melhorar o respeito pelos direitos humanos”. “A única maneira de resolver os problemas da Venezuela é através do diálogo entre os venezuelanos, não tentando silenciar críticas (…) A região também deve trabalhar para assegurar que o Governo da Venezuela cumpra o seu compromisso comum com a democracia”, escreveu.

O líder do partido Alternativa Democrática, António Ledezma, foi detido quinta-feira, um ano depois de ser detido outro dirigente da oposição, Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular. A detenção teve lugar uma semana depois de António Ledezma, Leopoldo López e Maria Corina Machado, terem apelado aos venezuelanos para apoiarem um Acordo Nacional para a Transição pacífica no país.

“A Venezuela será o que os venezuelanos façam dela, através da mudança de rumo que nós mesmos decidamos. Esse rumo estará assegurado pelos consensos e compromissos do Acordo Nacional para a Transição”, explicaram os líderes da oposição, num comunicado conjunto então divulgado.

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