Chegou a altura do Ministério da Defesa abrir os cordões à bolsa. O ministro, José Pedro Aguiar-Branco, assumiu esta quarta-feira em S. Tomé que este setor atingiu “uma situação de normalidade” e, portanto, deu luz verde à proposta de promoção de 6.800 militares feita pelas chefias dos ramos. A proposta já seguiu para o Ministério das Finanças, que tem que dar a sua concordância.

“O Estado tem agora mais condições para fazer promoções. Dantes as questões financeiras não permitiam que os processos de promoções ocorressem com a normalidade que deve existir na lógica de comando das Forças Armadas. Agora, face ao equilíbrio e à reforma 2020 é possível”, afirmou o ministro da tutela aos jornalistas, confirmando já ter recebido a proposta de promoção de 6.800 militares entregue pelas chefias militares e que a mesma já foi por si enviada para o Ministério das Finanças.

Segundo Aguiar-Branco, estas promoções “vão ao encontro do que é necessário em termos de estrutura militar”. E acrescentou: “O errado era antes quando as promoções foram suspensas ou quando o Estado não tinha condições para dar resposta financeira”.

“Estamos agora numa situação de normalidade, numa zona de tranquilidade, e com rácios mais adequados de investimento, operação e pessoal”, defendeu sobre a área da defesa, acrescentando que o país “ainda precisa de mais condições e de um crescimento mais forte”.

Para justificar este tratamento diferenciado dos militares, Aguiar-Branco destacou que estes não são meros funcionários públicos e que têm “especificidades próprias” que não são “comparáveis” com a restante função pública.

Este anúncio segue-se a outra notícia que já deixou os militares menos apreensivos: afinal, a revisão dos suplementos salariais não vai implicar uma qualquer redução da remuneração. Apesar de o Governo estar a rever a tabela de suplementos e de, nas Forças Armadas, alguns desses suplementos virem a ser fundidos, o ministro já garantiu que isso não se traduzirá em menos dinheiro no final do mês.

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