Cerca de duas dezenas de trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) entraram no Ministério da Economia, em Lisboa, exigindo serem recebidos pela tutela para perceber “qual o rumo e o futuro da empresa”.

Em declarações à Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP, Pedro Silva, lamentou ter sido necessário “invadir o Ministério para conseguir agendar uma reunião com o secretário de Estado dos Transportes”, Sérgio Monteiro.

“Depois de dezenas de pedidos de reunião infelizmente tivemos de tomar esta medida”, disse, adiantando que, depois de ter sido recebido pelo chefe de gabinete, “ficou marcada para o dia 17 uma reunião” com Sérgio Monteiro.

Pedro Silva referiu que em causa, além da subconcessão da STCP, sendo desejo da CT perceber “qual o futuro da empresa”, está também o querer perceber “qual a solução para a falta de efetivos, que faz com que cerca de 200 serviços fiquem por fazer diariamente”.

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Devido ao incumprimento dos serviços, vincou, “os motoristas têm sido alvo de agressões verbais e físicas”.

No âmbito desta deslocação, os trabalhadores da STCP estiveram cerca de uma hora nas instalações do Ministério da Economia.

No dia 24 de março, a CT da STCP e representantes sindicais acusaram o Governo e a direção da empresa de ignorarem a “falta de segurança com que vivem os funcionários no dia-a-dia”.

“Os utentes veem-se privados de transporte público e os trabalhadores são confrontados diariamente com agressões verbais e físicas. Os trabalhadores no terreno são os primeiros a ser confrontados com a insatisfação dos utentes”, descreveu o coordenador da Comissão dos Trabalhadores da STCP, Pedro Silva.

O representante falava à Lusa após uma reunião entaõ pedida por esta comissão e por representantes de cinco sindicatos do setor com a direção da STCP, que durou várias horas, tendo sido descrita à saída como “inconclusiva”.

“O que o conselho de administração nos disse não nos acalma. [A direção] não apresentou proposta nenhuma concreta para o problema que nos trouxe aqui: a falta de efetivos que causa falta de segurança”, disse Pedro Silva.