O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos defendeu a necessidade de transformar o próximo 1º. de Maio num dia nacional de luta e prometeu que a central vai apresentar nessa data as suas reivindicações pré-eleitorais.

“Temos de transformar o 1.º de Maio numa grande manifestação nacional, porque é ano de eleições legislativas e isso é algo muito importante, que temos de aproveitar para reafirmar os direitos laborais”, disse o sindicalista no encerramento de um debate sobre a valorização do trabalho e dos direitos constitucionais.

Aos jornalistas explicou a importância de o Dia do Trabalhador se transformar num dia de luta, “num momento em que se acentuam as desigualdades e se justifica cada vez mais alterar a forma de distribuir a riqueza”.

“Este 1º. de Maio tem um significado especial, não só porque se assinalam 125 anos da comemoração desta data, como antecede as eleições legislativas e, por isso, a CGTP irá reafirmar as suas reivindicações nesse dia, com as quais irá confrontar posteriormente os partidos candidatos”, disse Arménio Carlos.

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As reivindicações da Intersindical terão como objetivo um novo modelo de desenvolvimento para o país, que respeite os direitos laborais, que promova uma nova política de rendimentos e assegure as funções sociais do Estado.

Arménio Carlos responsabilizou ainda o Governo pela onda de greves que está a afetar o setor dos transportes públicos.

“As greves nos transportes coincidem com o calendário imposto pelo Governo para a sua privatização. Aos trabalhadores só compete uma coisa, lutar rejeitar as privatizações”, disse o sindicalista acrescentando que os transportes públicos “são um serviço social essencial”.

Arménio Carlos remeteu para o parlamento a escolha do novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), mas considerou que a solução não passa por assegurar as funções com o vice-presidente do CES, ainda que temporariamente, como tem defendido o PS.

“O CES precisa de um presidente a tempo inteiro, consensual, e com responsabilidade, que não se deixe subordinar à estratégia do Governo”, disse.

O presidente do CES, Silva Peneda, vai deixar o cargo no final do mês para assumir funções no gabinete do presidente da Comissão Europeia.