A cantora lírica Elisabete Matos recebe esta segunda-feira, às 12h00, a Medalha de Mérito Cultural, no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa, numa cerimónia que conta com a presença do primeiro-ministro e do secretário de Estado da Cultura.

Num comunicado divulgado no final da semana passada, o TNSC afirmava que a distinção sublinha a “brilhante carreira internacional que [a artista] tem desenvolvido”. O anúncio da decisão do Governo foi feita em julho do ano passado, no decorrer do VI Festival ao Largo, por ocasião do concerto de homenagem à soprano natural de Caldas das Taipas, em Guimarães.

A cantora lírica já foi condecorada pelo Presidente da República com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1999, e em 2013 com o grau de Grande Oficial da mesma ordem honorífica. Em 2003, Elisabete Matos recebeu a Medalha de Mérito Artístico da cidade de Guimarães.

Em fevereiro passado, Elisabete Matos interpretou no palco do São Carlos o papel de “Lady Macbeth“, na ópera “Macbeth”, de Giuseppe Verdi.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em comunicado, o TNSC afirma que a interpretação desta personagem “representa a mais recente colaboração [de Elisabete Matos] com o teatro lírico português, com o qual tem uma relação forte e estreita, repleta de apresentações em óperas e concertos, dos quais se destaca o recital comemorativo dos seus 25 anos de carreira, em 12 de janeiro de 2013”.

A cantora lírica que já contracenou com nomes como Plácido Domingo e José Carreras, apresentou-se recentemente em Toulouse, no sudoeste de França, em Berlim e Telavive, respetivamente, como “Isolda”, em “Tristão e Isolda”, de Richard Wagner, “Turandot”, na ópera homónima de Giacomo Puccini, e “Abigaille”, em “Nabucco”, de Verdi.

Elisabete Matos estudou canto e violino no Conservatório de Música de Braga e prosseguiu os estudos de Canto em Espanha, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo trabalhado com Ángeles Chamorro, Marimi del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti na Escola Superior de Canto de Madrid. A sua estreia foi no Coliseu do Porto, no papel de “Frasquita”, na ópera “Carmen”, de Georges Bizet.