Dominique Strauss-Kahn foi absolvido, esta sexta-feira, das acusações de ser o principal beneficiário e instigador de festas com prostitutas, ocorridas em França. O julgamento teve lugar na cidade francesa de Lille.

A defesa alegou sempre que o antigo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) não sabia que as mulheres eram prostitutas, mas apenas “libertinas”. De acordo com o Guardian, o acusado disse no tribunal que participou em festas sexuais semelhantes a orgias porque precisava de “sessões recreativas” enquanto estava ocupado a “salvar o mundo” de uma das piores crises financeiras de sempre.

O processo, que começou em fevereiro, envolvia vários arguidos, entre os quais gerentes de hotéis, empresários, um advogado e um chefe da polícia. Todos eram acusados de organizar encontros sexuais em grupo em cidades como Paris, Washington e Bruxelas entre 2008 e 2011, quando Strauss-Kahn estava à frente do FMI.

O ex diretor geral do Fundo Monetário Internacional, hoje com 66 anos, pode ter sido absolvido das acusações de proxenetismo agravado, e que lhe podiam ter valido até 10 anos de prisão e uma multa de 1,5 milhões de euros. Mas a carreira de Strauss-Kahn no FMI, bem como as ambições políticas em França (entre as quais uma candidatura à presidência pelo Partido Socialista Francês), sofreram danos, após a denúncia de agressão sexual por parte de uma mulher nos Estados Unidos, em 2011. O caso resolveu-se após Strauss-Kahn ter chegado a acordo com a mulher, na altura funcionária de um hotel onde estava hospedado.

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