No início deste ano, a FIFA proibiu investidores de deterem parte do valor de jogadores de futebol, como se investissem em ações. Agora, a Comissão Europeia está a investigar esta imposição a mando da liga portuguesa e da espanhola, avança o Politico. As organizações ibéricas alegam que a nova regra irá prejudicar os clubes dos países europeus mais pobres, ao ser-lhes retirada uma importante fonte de receitas.

As ligas ibéricas querem que Margrethe Vestager, o comissário europeu responsável pela competição, consiga comprovar que – durante o escândalo de corrupção protagonizado pela FIFA –, a organização tenha abusado da sua posição dominante sobre o futebol mundial ao adotar regras que favorecem excessivamente a primeira liga do Reino Unido. As receitas de transmissão televisiva da liga britânica acendem aos 2,2 mil milhões de euros, o dobro das receitas da liga espanhola.

Portugal e Espanha também alegam que a proibição se estende a certos direitos económicos da União Europeia como o movimento livre de capital e trabalhadores. A Comissão Europeia tem o poder de dissolver a regra da FIFA com o argumento de que prejudica a competição leal. Em julho, várias ligas e associações europeias já foram questionadas sobre este tema, de acordo com fontes ligadas a este processo revela o Politico.

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