Há quatro anos, Aran Khanna aproveitou-se de uma falha de segurança no Facebook Messenger para criar uma nova aplicação que funcionava como extensão do Google Chrome. Chamava-se Marauder’s Map e permitia aos utilizadores do chat da rede social saber a localização precisa da pessoa com quem se está a trocar mensagens na altura em que elas são enviadas. Agora, o estudante da Universidade de Harvard viu o seu estágio no Facebook cancelado a poucas horas de mudar de casa, depois de a equipa ter descoberto que tinha sido ele o autor da aplicação, conta o Tech Worm.

Na altura, Aran Khanna falou sobre a aplicação no Twitter. Chegou a conseguir 85 mil downloads por dia até ao momento em que o Facebook contactou o jovem estudante pedindo-lhe que eliminasse a funcionalidade. Mais tarde a funcionalidade voltou, mas apenas para aqueles que dessem autorização para partilhar essa informação.

O Facebook garante que estava ciente da existência desta falha de segurança, e que “apesar” de a terem tentado resolver muito depressa, tinham sido ultrapassados, segundo Matt Steinfeld, um porta voz da marca. Mas o estudante diz que foi bem assim: na última terça-feira, o Harvard Journal of Technology Science divulgou o caso de estudo de Aran Khanna onde ele explica que a aplicação que criou mostra as “consequência de uma partilha não intencional de dados” e que, sendo assim, “os utilizadores podem decidir por eles próprios se foi ou não uma violação da sua privacidade”.

Aran Khanna soube que o estágio tinha sido cancelado duas horas antes de se mudar para o seu novo trabalho. Recebeu um e-mail do Facebook dizendo que havia violado as regras dos utilizadores da rede social e outro vindo do departamento de recursos humanos que apontavam para uma “falta de ética” do estudante, conta o Bullet In Leader.

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