O preço médio dos combustíveis deverá registar a maior descida do ano na próxima semana, refletindo a baixa do preço do petróleo. A descida poderá variar entre os 3 cêntimos no litro de gasóleo e os 4 cêntimos na gasolina, embora algumas fontes admitam baixas mais acentuadas, até cinco cêntimos por litro.

As cotações dos produtos refinados registaram uma baixa acentuada esta semana, em reação à forte desvalorização do preço do petróleo que voltou a negociar a valores de 2009, devido ao arrefecimento da economia chinesa. As cotações recuperaram no final da semana e o preço dos produtos refinados estava a subir esta sexta-feira. Ainda assim, não o suficiente para evitar uma média semanal em forte baixa face à semana anterior. Por outro lado, os ganhos do euro face ao dólar reforçam a tendência de descida dos preços para os países da moeda única.

Em Portugal, as petrolíferas atualizam em regra os preços uma vez por semana, ao contrário de outros países onde os preços podem variar diariamente. Isto significa que em ciclos de baixa, as empresas começam por ganhar, porque não transferem logo a descida para os consumidores, registando margens elevadas durante alguns dias. Em ciclos de alta do preço dos refinados, sucede o contrário. As margens encolhem até as petrolíferas passaram os aumentos para o cliente.

Esta nova baixa dos preços dos combustíveis coincide com uma forte recuperação nas vendas de combustíveis que cresceram 4,4% nos primeiros sete meses do ano, com especial destaque para o aumento do consumo de gasolina em julho, muito associada aos movimentos de férias. No entanto, a descida pode ser temporária. Tudo depende do comportamento do petróleo e dos produtos refinados na próxima semana.

(texto actualizado segunda-feira, 31 de agosto)

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