Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Autoridade Marítima e comandante do Instituto de Socorros a Náufragos, Nuno Leitão, explicou que durante a noite a madrugada “a equipa de salvação marítima esteve a fazer operações de mergulho de forma a conseguir rebocar o arrastão para a zona interior do porto da Figueira da Foz”.

“Durante o arco noturno em que decorreram as operações, até às 3h00, conseguiu-se já movimentar 35 metros o arrastão para dentro da barra. A ideia é posicionar num local para fazer os trabalhos e tornar a barra transitável, já que tem estado fechada”, adiantou.

De acordo com o responsável, as operações vão ser retomadas pelas 9h00, com a perspetiva de que durante as duas marés desta sexta-feira o “problema possa estar resolvido para ver se estão dentro da embarcação as vítimas que ainda estão desaparecidas”. O naufrágio do arrastão Olívia Ribau na terça-feira provocou três mortos, dois pescadores continuam desaparecidos e outros dois foram resgatados com vida.

Na quinta-feira, a empresa de salvação marítima contratada pelo armador pôs o arrastão a flutuar, tendo este rodado e ficado em posição horizontal, embora virado ao contrário. Um rebocador tentou, por duas vezes, puxar o navio naufragado à entrada da barra da Figueira da Foz para uma zona interior do rio Mondego, junto à chamada praia do Cabedelinho, mas os cabos soltaram-se. Com o aproximar da baixa-mar, a operação foi suspensa, tendo sido retomada pelas 23h00 e terminado pelas 3h00.

Nuno Leitão manifestou ainda a esperança de que os trabalhos de reboque do arrastão fiquem esta sexta-feira concluídos, mostrando a sua preocupação com as previsões meteorológicas para os próximos dias com “ondulação forte, vento e chuva”. “Vamos correr contra o tempo e aproveitar esta janela de oportunidade”, concluiu.

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