Durante um encontro com o ministro da Defesa russo, o presidente Vladimir Putin afirmou que qualquer força que seja uma ameaça aos militares russos deve ser “imediatamente destruída”. Esta ordem vem na sequência do pedido de Putin para que as tropas russas tomem ações “extremamente duras” quando colocadas perante ameaças na Síria.

Citado pela agência noticiosa Sputnik, Putin afirmou que instruiu os soldados a “agir de maneira extremamente rígida. Qualquer alvo que ameace um agrupamento russo na nossa infraestrutura no terreno precisa de ser imediatamente destruído”.

Para além disso, o líder russo explicou ainda que a intervenção militar na Síria não foi motivada por qualquer interesse geopolítico ou por um desejo de testar armas novas mas sim porque o Estado Islâmico ameaça diretamente a Rússia.

“Os nossos soldados na Síria estão, em primeiro lugar, a defender o nosso país. As nossas ações não são motivadas por certos interesses geopolíticos obscuros e abstratos ou pelo desejo de treinar as nossas forças e testar novas armas – que é também, naturalmente, um objetivo importante. O nosso principal objetivo é evitar uma ameaça para a Federação Russa”, afirmou Vladimir Putin.

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A Rússia tomou medidas suplementares para proteger os seus aviões na Síria depois de a 24 de novembro um Su-24 russo ter sido abatido pelos turcos perto da fronteira síria e os bombardeiros russos continuam a efetuar missões na Síria, sob proteção.

“É importante cooperar com qualquer governo que esteja realmente interessado na eliminação dos terroristas”, disse ainda, citando como exemplo o acordo feito com a coligação internacional conduzida pelos Estados Unidos para evitar incidentes no céu sírio.

Na mesma reunião, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, alertou que o grupo radical Estado Islâmico controla quase 70% do território sírio apesar dos bombardeamentos russos contra as suas posições.

Segundo Shoigu, os efetivos do movimento ‘jihadista’ ascendem a mais de 60.000.