Desde que a exposição “Coming Out” inaugurou, no final de setembro, que se iam subtraindo obras das ruas da Baixa de Lisboa. Umas para proveito próprio, outras para embelezar a zona entre o Laranjeiro e Miratejo, pela mão de um Robin das Artes. Na noite de sexta-feira para sábado, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) resolveu inverter a tendência e ofereceu mais três réplicas. “É uma espécie de presente para a cidade”, explica o museu ao Observador.
A Rua das Taipas, junto ao Elevador da Glória, ficou despida no início de outubro, depois de alguém ter levado dali os quadros “Ruínas de Roma Antiga”, de Giovanni Paolo Pannini, e “Feira da Ladra na Praça da Alegria”, de Nicolas Delerive.
Durante a noite, o MNAA pendurou ali duas réplicas perfeitas de Vieira Portuense, um dos mais importantes pintores portugueses da segunda metade do século XVIII. São eles “Leda e o Cisne” e “Narciso na Fonte”.
Na Travessa dos Teatros, de onde o Robin das Artes levou o quadro “São Damião” para expor num bairro do Laranjeiro, Almada, mora agora o “Tríptico da Descida da Cruz”, réplica do original de Pieter Coecke van Aelst.
Este “presente para a cidade” não é uma substituição das reproduções furtadas”, explica o MNAA. É, sim, uma espécie de oferta natalícia, no mesmo dia em que decorre no museu o habitual “Natal em Arte Antiga”, onde, das 15h00 às 20h30, há visitas orientadas gratuitas para as várias exposições, concertos, bolo-rei e chocolate quente.
A exposição “Coming Out – e se o museu saísse à rua?” começou com 31 obras. Neste momento há 20 para admirar até ao dia 1 de janeiro de 2016. Por enquanto, o diretor do museu, António Filipe Pimentel, ainda não quer revelar qual será o futuro dos quadros.