A economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,9% em 2015, anunciou esta terça-feira o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. O registo fica próximo dos 7% que correspondem ao objetivo oficial do governo. Mas os dados trimestrais indicam que a economia cresceu 6,8% no quarto trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior – a taxa mais baixa desde a crise económica global de 2009.

A taxa de 6,9% a que cresceu a economia em termos anuais comparam com os 7,3% de 2014. E trata-se da taxa de crescimento mais baixa dos últimos 25 anos, desde 1990, com o governo chinês a tentar gerir a transição para uma economia em que os serviços e o consumo ganham um protagonismo maior, em sacrifício do enfoque nas exportações que tem marcado as últimas décadas.

O crescimento foi, pela primeira vez, suportado, na maioria, pelo setor dos serviços, que representou 50,5% do produto interno bruto (PIB) chinês, à frente da indústria e agricultura.

Estes são os dados oficiais do governo. Alguns analistas afirmam que serão um pouco lisonjeiros em relação ao que se passa realmente na economia. Indicadores como as vendas a retalho e o consumo de eletricidade parecem apontar para uma desaceleração ainda maior, ao passo que outros dados como os das viagens são um pouco mais tranquilizantes.

“O crescimento continua relativamente fraco mas não está em colapso”, afirma Shane Oliver, economista-chefe do AMP Capital Investors em Sydney, citado pela Bloomberg. “As medidas de estímulo monetário estão a ajudar mas é necessário mais para ajudar a economia”, acrescenta o especialista.

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