O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse esta sexta-feira que a candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas contará com “todo o empenhamento” de Cabo Verde, adiantando que o português tem a “estatura necessária” para o cargo.

“Se António Guterres se candidatar contará com todo o empenhamento do Governo e do povo de Cabo Verde e, no quadro bilateral e multilateral, designadamente na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), PALOP (Países Africanos de Língua Portuguesa) e Nações Unidas, para que seja eleito, tenha sucesso nesta candidatura e possamos assim ter um lusófono à frente da secretaria-geral das Nações Unidas”, disse José Maria Neves.

O primeiro-ministro cabo-verdiano falava aos jornalistas, na Praia, à margem de uma cerimónia para assinalar o arranque da emissão do passaporte eletrónico em Cabo Verde. Para José Maria Neves, António Guterres seria “um excelente candidato”.

“Desempenhou com elevado mérito o cargo de alto-comissário para os Refugiados e também tem desempenhado, a nível de Portugal e no plano internacional, cargos de grande envergadura o que dá a António Guterres a estatura necessária para ser um grande secretário-geral das Nações Unidas neste tempo mais conturbado, mais difícil da humanidade em que precisamos enfrentar desafios importantes”, disse.

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse ainda que a possibilidade de uma candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas foi abordada durante a recente visita do primeiro-ministro António Costa a Cabo Verde. “Trocamos impressões sobre esta matéria, mas ainda não havia decisão definitiva relativamente a essa questão”, disse.

O primeiro-ministro de Portugal António Costa avançou ao jornal Público que o Governo vai apresentar a candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas.

De acordo com a edição de sexta-feira do diário, a apresentação oficial da candidatura do antigo primeiro-ministro socialista, que até 31 de dezembro passado ocupou o cargo de alto-comissário da das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), deverá ser feita em fevereiro.

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