O BPI voltou aos lucros em 2015. O banco liderado por Fernando Ulrich ganhou 236,4 milhões em 2015, com a atividade doméstica a “render” 93,1 milhões e, lá fora, o banco ganhou 143,3 milhões.

Em 2014, o banco tinha registado prejuízos de 163,6 milhões de euros, segundo informa o banco em comunicado enviado à CMVM. No ano anterior, a atividade doméstica tinha perdido 289,7 milhões, um resultado que na altura foi influenciado por vendas de dívida pública.

“O enquadramento em que o BPI viveu em 2015 foi exigente — mais exigente do que seria normal em ano de cruzeiro”, afirmou Fernando Ulrich na conferência de imprensa de apresentação dos resultados. Ainda assim, a margem financeira do banco — um indicador crucial que mede a diferença entre o que o banco paga para se financiar e aquilo que cobra em juros — disparou 29% para 663,4 milhões.

O presidente executivo do BPI diz, também na análise aos resultados, que “o banco está melhor” do que nos anos da crise, também graças ao facto de a “conjuntura” estar melhor, apesar das dificuldades criadas pelo facto de as taxas de juro estarem em valores mínimos, próximos de zero.

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O BPI colocou de parte 103 milhões de euros em imparidades, um valor que subtrai aos resultados líquidos, o valor mais baixo desde 2009 e menos de metade dos 264 milhões de 2013.

O banco conseguiu reduzir custos na atividade doméstica em 6,4%, seguindo a tendência dos últimos anos, o que é um resultado de “medidas de racionalização” como a redução da rede de retalho e a do número de colaboradores. Entre 2008 e 2015, o número de colaboradores desceu 24%, para 5.899 funcionários.

Ao mesmo tempo, em 2015, subiram em 3,9% as comissões (face ao ano anterior).