As receitas fiscais angolanas com a exportação de diamantes mais do que duplicaram em janeiro, em termos homólogos, para 13,1 milhões de euros, segundo dados de um relatório do Ministério das Finanças a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira.

De acordo com o mesmo documento, Angola exportou no primeiro mês de 2016 um total de 868.594,07 quilates, um aumento de 16,8% face a janeiro de 2015, volume que rendeu, globalmente, 101,5 milhões de dólares (92 milhões de euros), menos cerca de 5% em termos homólogos.

Este volume exportado representou um encaixe para o Estado angolano, só no primeiro mês do ano, entre royalties e imposto industrial pago pelas empresas diamantíferas, de 2.296.508.101 de kwanzas (13,1 milhões de euros), aumentando 110% no espaço de um ano, segundo os dados do Ministério das Finanças compilados pela Lusa.

O resultado só não é melhor, tendo em conta o aumento do volume exportado, pela quebra na cotação, que entre janeiro de 2015 e de 2016 desceu, respetivamente de 142,46 para 116,95 dólares por quilate.

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Angola atingiu em 2015 um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, que renderam ao país 1,107 mil milhões de dólares (mil milhões de euros).

Os dados foram avançados a 30 de dezembro pelo ministro da Geologia de Angola, Francisco Queirós, numa sessão de balanço das atividades em 2015, sobre os subsetores dos diamantes e das rochas ornamentais.

“É de facto uma meta que conseguimos atingir, apesar dos tempos difíceis que se vivem no subsetor dos diamantes porque os preços baixaram”, sublinhou o ministro, referenciando que em 2014 a produção de diamantes atingiu o valor de 1,303 mil milhões de dólares (1,181 mil milhões de euros).

“Apesar disso estamos felizes porque atingimos uma meta de produção bastante boa”, salientou Francisco Queirós.

Acrescentou ainda que a produção ultrapassou a meta do Plano Nacional de Desenvolvimento, atingindo os 103% do perspetivado para 2015.

O Governo angolano espera mais do que duplicar a produção nacional de diamantes nos próximos cinco anos, com a entrada em exploração de novas minas.