Todos conhecemos casais que parecem nascidos um para o outro e casais que nos levam a perguntar porque é que estão juntos. E se poucos conhecem o segredo para uma relação feliz e duradoura, há cada vez mais evidências sobre o que não funciona numa relação a dois.

Acertar na escolha da cara-metade não é uma tarefa fácil e todos gostaríamos de saber se a nossa relação tem ou não futuro. Se procura respostas, mas não tem uma bola de cristal, o The Hufftington Post resolveu dar uma ajuda. O jornal falou com psicólogos e outros especialistas em relacionamentos e compilou uma lista dos 9 tipos de casais com maior probabilidade de se divorciarem.

O casal assimétrico

É aquele em que um dos membros do casal investiu mais emocionalmente na relação que o outro. Ninguém quer sentir que ama mais do que é amado e no longo prazo este tipo de relacionamentos está condenado ao fracasso.

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“Quem sente que dá mais de si à relação fica ressentido. E a experiência da desigualdade faz com que a pessoa que mais se esforça considere que a relação lhe dá mais trabalho do que devia”, disse Kristin Davin, psicóloga nova-iorquina ao The Hufftington Post.

Uma relação deve ser um compromisso mútuo entre duas pessoas que envolve cedências, esforço e intenção em proporções idênticas.

O casal “lista de pré-requisitos”

É importante saber quais são as qualidades e características que gostaríamos de reconhecer no outro, mas é igualmente importante não escolher um parceiro com base apenas nessa lista. Não fumar, ter ou não determinada característica física ou exercer uma profissão específica, por exemplo, podem ser motivos para uma aproximação a outra pessoa, mas a química entre os dois (ou falta dela) também deve ser considerada. Mas ainda mais importante do que saber se o futuro parceiro ou parceira preenche a lista de pré-requisitos, é perceber se ambos partilham dos mesmos valores. Se um dos elementos do casal defende e pratica a monogamia, mas o outro não, por exemplo, isso pode pôr em causa uma relação futura.

O casal que deitou fora a “lista de pré-requisitos”

A paixão pode levar-nos a escolher para companheiro ou companheira uma pessoa com características que não encaixam na tal lista de pré-requisitos. Mas os especialistas consideram que é meio caminho andado para o divórcio, especialmente se as divergências com o outro chocarem com os nossos desejos, planos a longo prazo e valores. Se adora crianças e sonha ter filhos mas o outro não quer nem está disposto a mudar de ideias, o melhor é não darem o nó. Na lista das coisas que valoriza num eventual companheiro ou companheira, identifique aquelas das quais não está disposto a abdicar. Se não as encontrar no outro, isso pode ser um sinal de que a relação não está para durar.

O casal “olho por olho, dente por dente”

Um dos membros do casal faz algo que magoa a outra pessoa, como “pular a cerca” e por sua vez, a pessoa magoada responde na mesma moeda. Numa relação manter uma política de “olho por olho, dente por dente” é um mau princípio e na prática é uma forma de sabotar a relação. Desenvolver a capacidade de perdoar e relevar ofensas é fundamental para o sucesso da um relacionamento a longo prazo.

O casal o “sexo é tudo”

Um vida sexual plena e satisfatória é um dos pilares de base da maior parte das relações amorosas. Mas embora o sexo seja muito importante se o relacionamento se resumir a isso terá poucas hipóteses de funcionar a longo prazo. A paixão, a luxúria e o desejo não duram para sempre e os parceiros devem ter outros interesses em comum para que a relação funcione.

O casal de idades muito diferentes

Para a maior parte de nós, a idade é apenas um número ao qual damos uma importância relativa. Mas no seio de um casal, a diferença de idades entre os parceiros é algo que pode ditar o sucesso futuro da relação. Segundo os especialistas, pessoas com 30 ou mais anos de diferença (a mais ou a menos) são muito diferentes geracionalmente e isso é muitas vezes um motivo de separação. O ideal é que os parceiros se encontrem na mesma fase da vida e partilhem dos mesmos objetivos para o futuro.

O casal narcisista

Um relacionamento em que um dos parceiros é narcisista, ou seja, pensa sobretudo em si próprio é muito difícil de manter. Uma das características de personalidade dos narcisistas é terem pouca capacidade de sentir empatia pelos outros. A empatia, ou seja, a qualidade que nos permite simpatizar com os problemas dos outros e partilhar das suas alegrias é um dos ingredientes fundamentais de um casamento bem-sucedido, garantem os especialistas.

Quando um dos membros do casal é muito centrado em si próprio, a outra pessoa sente-se negligenciada e “sozinha” na relação, motivos que a a podem levar a desistir do relacionamento.

O casal que se recusa a falar sobre dinheiro

Se o casal tiver problemas de dinheiro, seja individualmente ou a dois, é provável que o casamento os agrave e não os resolva. As finanças podem ser o tema de conversa mais sexy ou interessante, mas quando mais cedo na relação o tema for abordado, melhor. Muitos estudos apontam para o facto de as discussões sobre dinheiro serem um dos principais motivos de discórdia entre os casais. Antes de “juntarem os trapinhos” os parceiros devem tomar decisões acerca da gestão do dinheiro e da divisão das despesas, para evitar desentendimentos futuros.

O casal “nem contigo, nem sem ti”

As relações que oscilam entre os extremos amo-te/odeio-te podem funcionar bem no ecrã, mas raramente funcionam na vida real. Quando os relacionamentos se alimentam sobretudo de dramatismo, com discussões épicas, birras de parte a parte e reconciliações quentes, dificilmente conseguem resistir ao teste do tempo.

Este tipo de relações torna-se muito cansativa e emocionalmente desgastante, o que leva um dos parceiros a terminar a relação. Muito para alívio de amigos e família, que não raras vezes, também acabam envolvidos no “drama” deste tipo de relações.