Os três terroristas responsáveis pelos atentados de Bruxelas chegaram ao aeroporto de Zaventem de táxi e foi o condutor que informou a polícia onde tinha ido buscar os três homens. Esta informação permitiu à polícia belga encontrar o quarto onde os terroristas tinham ficado, em Scharbeek.

O taxista relatou o processo de levar os homens até ao aeroporto, lembrando que começou por tentar ajudar a pôr as malas no porta-bagagem. Os terroristas recusaram a ajuda e colocaram eles mesmos as malas que continham as bombas dentro do carro, afirma o Dernière Heure (DH).

O motorista afirmou que durante a viagem sentiu um ligeiro cheiro a amoníaco, mas que não ligou muito, até porque a viagem estava quase a terminar.

O taxista relembrou ainda que os dois homens de preto quase não falaram durante a viagem, que se mantiveram bastante silenciosos e quietos. Apenas o homem vestido de branco interagiu com o taxista. O motorista relembra que maior parte da conversa foi sobre americanos e que o homem de branco referiu várias ações dos Estados Unidos da América que não condenava.

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Chegados ao aeroporto, o motorista ficou intrigado com umas marcas brancas nas malas dos clientes. O taxista estava a levar um novo cliente quando ouviu as explosões no aeroporto. Segundo o DH, ter-se-á lembrado imediatamente dos seus clientes anteriores. Depois de deixar o seu cliente em segurança, dirigiu-se à estação de polícia mais próxima para transmitir as suas informações às autoridades.

Entre as informações divulgadas estava a morada à qual tinha ido buscar os terroristas, bem como o número de malas que transportara, levando a que a polícia suspeitasse de uma terceira bomba no aeroporto, uma que não chegou a ser detonada.

O condutor pertencia à empresa de táxis Febet, que durante o dia dos ataques teve ordem para transportar gratuitamente as vítimas dos ataques.