O escultor Rui Chafes recebe, esta sexta-feira, em Lisboa, o Prémio Pessoa 2015, que distingue uma personalidade nacional que se tenha destacado nas áreas cultural, literária, científica, artística ou jurídica.

A cerimónia está marcada para as 19h00, na sede da Caixa Geral de Depósitos, ao Campo Pequeno, em Lisboa, e conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Chafes foi o primeiro escultor a ser distinguido com o Prémio Pessoa, tendo o júri sublinhado que o artista plástico “consegue o feito raro de produzir uma obra simultaneamente sem tempo e do seu tempo”.

Nascido em Lisboa, em 1966, Rui Chafes formou-se em escultura, na Escola Superior de Belas Artes da capital portuguesa, e prosseguiu estudos na Alemanha, onde traduziu também poesia de Novalis.

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Tendo o ferro como matéria-prima de trabalho, Rui Chafes utiliza-o numa expressão escultórica que “subverte as condicionantes normais do museu e da galeria”, sublinhou o júri, dando como exemplo a exposição antológica que esteve patente em 2014, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Em 2012, Chafes editou o livro “Entre o céu e a terra (a história da minha vida)”, uma autobiografia ficcionada no qual inclui referências a muitos dos seus mestres, num arco temporal que recua até à Idade Média.

Nessa obra, escreveu: “Neste mundo da banalização e consumo das imagens, quem acredita ainda no poder redentor da arte e da palavra? Não importa em que lugar a arte é apresentada: se houver uma pessoa, uma só pessoa, que seja tocada, que se emocione, uma única, a arte será salva”.

O Prémio Pessoa, com o valor pecuniário de 60.000 euros, é uma iniciativa do semanário Expresso com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.